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Da integridade

Por Heitor Freire (*) | 27/01/2016 10:41

A história da Humanidade está repleta de situações em que ocorrem manifestações extremas, sísmicas, movimentos no interior ou na superfície da Terra, capazes de propagar pelo globo, consequências desastrosas, marcando de forma inesquecível esses fenômenos.

Quando isso acontece, se atribui tais acontecimentos a fatores físicos. Mas, na realidade, esses acidentes se sucedem por determinação da Ordem Maior que rege todo o Universo quando as ações humanas atingem o nível máximo de atos inconsequentes, totalmente contrários ao que está definido para a evolução da Humanidade, contrariando a Lei do Amor, que é a base de toda a evolução.

Assim foi, por exemplo, com Sodoma e Gomorra e com o Dilúvio, para ficarmos nos exemplos bíblicos. Com a Torre de Babel a confusão de línguas se generalizou causando uma grande mudança e gerando novas línguas que levaram um tempo para que os seres humanos voltassem a se entender.

Ultimamente assistimos a tufões, furacões, ciclones, tsunamis, terremotos das mais variadas escalas. Tudo acontecendo de uma hora para outra sem que se possa prevê-los de forma a prevenir aos habitantes dos locais atingidos.

No meu entendimento isso ocorre por causa do comportamento dos seres humanos. Hoje, com uma população estimada em mais de sete bilhões de pessoas, o nosso planeta se encontra perto de explodir. A previsão é de que, a médio prazo, faltará alimento para todos.

Hoje, mais do que nunca, a humanidade está voltada para o atendimento de seus interesses, sem considerar o respeito com o outro, com uma inversão total de prioridades. Os valores que sempre regeram o comportamento estão completamente invertidos.

Deus quando criou o homem, dotou-o de qualidades intrínsecas para serem trabalhadas por cada um para o seu aperfeiçoamento, para sua evolução, para o seu desenvolvimento pessoal.

Essas situações catastróficas podem ser revertidas a partir do momento em que o ser humano mudar a sua atitude. E começar a praticar a lei fundamental que é a Lei do Amor. Esta lei está na base de todas as religiões, mas não é praticada como deveria.

O interessante é que as religiões pregam a união, mas elas mesmas foram, na realidade, fatores de separação quando se intitularam donas da verdade, fontes únicas do caminho que leva a Deus.

A morte é uma realidade na vida de todos os seres. Tudo morre. Mas não acaba. Tudo se transforma. Tudo volta para uma nova oportunidade. Quando então, acordarmos para essa realidade, seremos despertados para a grandiosidade da nova circunstância, da nova situação que nos permitirá o vislumbrar de um novo mundo.

E esse novo mundo, essa nova oportunidade só será útil, verdadeira e benéfica se estiver embasada na integridade. Que, aliás, é a qualidade, o valor mais importante do ser humano. A integridade não se restringe a certo aspecto do nosso comportamento, como a devoção religiosa. Ela engloba todo o nosso modo de vida.

Manter a integridade, porém, não exige perfeição. O Rei Davi era imperfeito e cometeu vários erros graves na vida. No entanto, a Bíblia se refere a ele como homem que andou “com integridade de coração”.


Francis Bacon filósofo inglês e estadista (1561-1626),: “não é o que comemos mas o que digerimos que nos torna mais fortes; não é o que ganhamos mas o que poupamos que nos torna mais ricos; não é o que lemos mas o que recordamos que nos torna mais sabedores; e não é o que professamos mas o que fazemos que nos confere realmente integridade.”

Recordando Paulo na 1ª Carta aos Coríntios (10,23): “Tudo é permitido, mas nem tudo convém. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica.”

Assim, o nosso comportamento é que vai ser o fiel da balança.

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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