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O PMDB é maior do que os projetos pessoais

Por Junior Mochi (*) | 15/06/2015 10:17

Tenho procurado na minha vida, pública e privada, respeitar as ideias, conciliar opiniões e promover a solução dos conflitos através do diálogo franco e sincero. Sempre que possível, evito comentários críticos sobre decisões ou atitudes de outras pessoas. Mas, na condição de Presidente Estadual do PMDB, não posso deixar de emitir algumas considerações acerca do debate público estabelecido entre lideranças importantes do partido: o ex-governador do Estado, André Puccinelli, e o ex-prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, e seus irmãos Fábio e Marcos Trad.

1. Toda essa discussão se desenvolve através dos meios de comunicação, enquanto o foro adequado para esse debate são as reuniões do PMDB, que realizamos mensalmente para tratar e deliberar sobre assuntos previamente pautados ou de interesse dos membros. Vale ressaltar que até o momento não se tratou da eventual insatisfação dos irmãos Trad com o partido ou vice-versa.

2. É de se estranhar que essa discussão toda, só aconteça agora, quando o PMDB não está mais no comando do Governo Estadual e da Prefeitura de Campo Grande, e se aproxima o término do prazo para filiação partidária, aos que pretendem concorrer às eleições municipais do ano que vem. O nosso partido não é de propriedade de quem quer que seja, e não existe apenas para o exercício de mandato eletivo. Já perdemos e já ganhamos muitas eleições e, aqueles que, verdadeiramente, entendem a função que tem um partido de representar o pensamento de parte de uma sociedade múltipla e democrática como a nossa, atuam internamente no seu fortalecimento e engajados nas suas propostas.

3. De modo específico, quero deixar o testemunho, de que não faltou a Nelson Trad Filho o apoio da legenda e das nossas lideranças para a sua candidatura a Governador, não só lhe garantindo o direito à disputa como também lhe oferecendo todo o apoio político necessário. Nesse sentido, vale lembrar que a então vice-governadora, e hoje senadora Simone Tebet, abriu mão de concorrer ao Governo estadual e apoiou Nelson Trad Filho.

4. Também não há, nem de parte do ex-governador André Puccinelli, nem de nenhuma outra liderança expressiva do partido, movimento no sentido de responsabilizar Nelson Trad Filho pelo resultado do pleito de 2014. O povo votou e decidiu soberanamente.

4. A permanência ou não dos membros da família Trad no nosso Partido, é, portanto, uma decisão de cunho pessoal que compete somente a eles. Não podemos e não vamos admitir que seja imputado ao PMDB a falta de apoio no processo eleitoral, como justificativa à derrota nas eleições passadas. É inadmissível a tentativa de se criar um fato que sirva para justificar uma eventual mudança de partido. Caso seja esse o interesse, basta solicitar o desligamento nos termos da legislação.

5. Perder ou ganhar faz parte do processo democrático. Devemos sempre ter a capacidade de avaliar e assumir os erros, aprendendo com a experiência que as derrotas nos ensinam. Somente assim vamos merecer a vitória. O Partido não gostaria de perder lideranças da dimensão do ex-prefeito Nelson Trad Filho e seus irmãos, Fábio e Marcos Trad, mas não se curvará a qualquer tipo de imposição. O PMDB é maior do que os projetos pessoais. Nós temos uma história para honrar e um compromisso de luta em prol do nosso Estado e da nossa gente.

(*) Junior Mochi é deputado estadual e presidente do PMDB-MS.

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