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Pelo amor ou pela dor

Por Heitor Freire (*) | 25/02/2013 10:26

Muitas são as teorias que o ser humano desenvolveu para buscar uma explicação que definisse e embasasse o enigma da vida. Há todo tipo de hipóteses contemplando as mais variadas teses: religiosas, filosóficas, matemáticas, geográficas, esotéricas. Umas mais simples, outras nem tanto e ainda outras complexas. A evolução do ser humano é constante na humanidade desde que por aqui aportaram Adão e Eva.

A linha ascendente que retrata a evolução se caracteriza como uma espiral com uma circunferência imensa que, a cada movimento, se alça de forma imperceptível, mas constante. Assim não há extravio, só um devenir. Para mim tudo se resume em dois pontos: a evolução só se dá por duas vias, pelo amor ou pela dor.

Pelo amor quando se exerce a arte de bem viver – uma arte verdadeira praticada por quem tem o entendimento de que temos muito a aprender, a aceitar, a mudar, a ceder e a ensinar com uma grande dose de coragem e desprendimento. Como uma ciência para gerir as formas de energia, aprendendo a dirigir a força vital que se manifesta em cada um de nós como um esforço que vale a pena, com muitas recompensas.

Pela dor, quando a teimosia, decorrente da falta de entendimento em aceitar as circunstâncias com que nos deparamos, se transforma em ação contrária causando situações que criam obstáculos e sofrimentos.

O amor é o firme fundamento diante das vicissitudes da vida. Pode ser que se precise muito tempo para compreender essa verdade, e colocá-la em prática; ainda mais quando está ligada a outra ainda maior: o que cada um faz para si, faz para outra pessoa. O que faz por ela, faz por si.

O amor é uma energia divina inerente ao ser humano que, quando conscientizada, unifica todas as possibilidades de fragmentação. Só podemos amar quando enxergamos Deus em nós através de nossas experiências com Ele, não há outro modo de identificação pelo qual podemos amar; podemos ser simpáticos, educados, podemos confraternizar-nos uns com os outros, com aqueles que nos rodeiam; contudo, se não houver uma maturidade que possa identificar essa experiência, nada acontecerá.

Todos os atos realizados pelo ser humano se baseiam no amor e na dor; todas as decisões na vida, em todas as áreas do comportamento humano, estão relacionadas com amor e dor, cuja identificação se faz, muitas vezes pelo medo.

O medo é a energia que restringe, fere, paralisa, retrai, leva-nos a fugir e nos esconder.

O amor é a energia que expande, move, revela, leva-nos a ficar e compartilhar, que cura.

O medo faz segurar tudo o que se tem; o amor reparte.

O medo sufoca, o amor mostra afeição.

O medo oprime, o amor liberta.

O medo critica, o amor regenera.

Todos os pensamentos, atos, e palavras humanas se baseiam em uma dessas emoções.

"O amor é uma realização do impulso divino interno da vida. Ele baseia-se na compreensão, nutre-se do serviço não egoísta e aperfeiçoa-se na sabedoria”. (Ensinamento do Livro de Urântia em seu documento 174:2).

Enfim, o amor está expresso em todos os lugares, em todas as pessoas. Basta saber enxergá-lo.

(*) Heitor Freire é corretor de imóveis e advogado.

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