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Uma vida sem máscaras

(*) Carlos Luqueti | 11/02/2012 10:29

Carnaval se aproxima e com ele as fantasias e bailes de máscaras. Longe deste reinado do rei momo, estamos vivenciando a cada dia a queda do caráter do ser humano. A corrupção e a distorção de vários valores têm colaborado substancialmente para que isto ocorra com certa naturalidade. Não obstante, o caráter do corrompido aponta para ações mais devastadoras, que levam as pessoas a usarem algum tipo de máscara.

Falar sobre isto gera certa repulsa e estarrecimento, pois a carapuça certamente se abriga em muitas mentes.

Na dúvida, basta cada um observar o caminho das imagens que os espelhos da vida refletem, as quais podem gerar os meios para uma vida sem máscaras.

Estas tais máscaras levam a um estado de indiferença que devolve um fardo pesado e insustentável.

Na modernidade, podemos comparar as supostas máscaras com o mundo virtual, onde nele pode-se fantasiar, mascarar, persuadir e enganar.

As máscaras tornam as pessoas naquilo que “não” são e o seu objetivo é fantasiar aquilo que gostariam de ser. Acontece que o peso presente e futuro da palavra “não” trazem enormes prejuízos.

Quando as pessoas se deixam influenciar pelo “não” o qual prefiro traduzir de “engano”, passam a distorcer o próprio caráter, apoiado nas armadilhas que trilham as rejeições, decepções e passam a falsa impressão de que, quanto mais se auto-mascarar, mais fácil será a sua aceitação pelo mundo real.

Muitas pessoas estão vivendo com máscaras com medo de novos danos, achando que a falsa capa traz certa segurança, no entanto, as máscaras representam um mundo de mentiras e mais cedo ou tarde as revelações verdadeiras irão provocar a queda das máscaras.

As máscaras não permitem relacionamentos verdadeiros nem mesmo entre os seus usuários.

Elas, as máscaras, estão por todo lado. Muitas pessoas estão se apresentando com um disfarce sorridente e radiante, mas, o que poucos sabem, é que por de traz de um sorriso há um mundo triste, uma mente perversa e um coração solitário que ninguém conhece.

Quantas pessoas estão sendo participantes deste baile de máscaras e fantasias em suas próprias vidas?

Na interposição de uma máscara nota-se que entre ela e a verdadeira face há um plano físico totalmente escuro, sombrio e frio... Assim, mascarado, fica o coração de quem as usa, pois se está ocultando a verdadeira face e impedindo que a luz da verdade penetre fundo no coração de cada um. Ocultando a luz da verdade, está se ocultando Deus, lembrando que ele é o caminho, a luz, a verdade e a vida. Se verdadeiramente conheceres Deus, jamais precisará de uma máscara.

Um perfil falso rotulado por máscaras pode enganar milhões no mundo virtual e real. Pode até mesmo ter vida longa, mas a sua queda será inevitável. Portanto, Deus não remenda ou conserta máscaras, mas transforma caráter e esta é a grande verdade sugestiva deste texto.

Um dia, todos serão chamados a prestar contas e se manifestar se aprenderam a viver conforme a imagem e semelhança do Criador, e quando isto acontecer, necessário se faz estar respaldado por uma vida alinhada com a verdadeira essência do criador onde não há lugar para máscaras.

Ainda a tempo de restaurar sua vida, sem máscara, sem fantasia e sem mentiras. Como diz a antiga marchinha de carnaval, a máscara é negra e a vida não é um carnaval onde milhões de palhaços desfilam num imenso salão.

A diferença entre um velho homem com máscaras e um novo homem identificado com a imagem e semelhança do nosso Criador começa pela renovação da sua própria mente e conduta.

(*)Carlos Luqueti é jornalista, Editor do Jornal Rio Brilhante, Assessor de Imprensa da Câmara Municipal de Nova Alvorada do Sul e membro da Igreja Evangélica Batista Ebenézer de Rio Brilhante/MS.

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