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Cidades

"Velho do PCC" tentou fugir 4 vezes e ficou 2 anos em presídio federal

Antônio Júlio da Silva foi morto após troca de tiros com policiais do Batalhão de Choque uma fazenda no distrito de Taboco

Fernanda Palheta e Maressa Mendonça | 18/11/2019 10:55
Antônio Júlio da Silva, o "Velho do PCC". (Foto: Divulgação)
Antônio Júlio da Silva, o "Velho do PCC". (Foto: Divulgação)

Antônio Júlio da Silva, de 51 anos, apontado como mentor dos roubos atribuídos a "quadrilha do chapéu", tentou fugir 4 vezes Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande e ficou preso por dois anos na Penitenciária Federal em Catanduvas, no Paraná. Velho do PCC, como era conhecido, Antônio foi morto após troca de tiros com policiais do Batalhão de Choque uma fazenda no distrito de Taboco, na noite deste domingo (17).

De acordo com informações do Batalhão de Choque, em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (18), Antônio teve a primeira passagem no ano 2000, por roubo. Em 2006 foi preso na Penitenciária Federal em Catanduvas, no Paraná, onde ficou por detido por dois anos.

Já na Máxima de Campo Grande, o integrante da quadrilha tentou fugir quatro vezes. A fuga do presídio aconteceu no dia 23 de setembro deste ano. Antônio trocou de cela com outro interno para conseguir fugir.

Fuga - Segundo o registro policial, os agentes penitenciários viram pelas câmeras cinco internos carregando uma escada artesanal em direção a muralha. O alarme foi acionado, mas ainda assim três dos suspeitos conseguiram fugir.

Em vistoria as celas, os agentes descobriram que os foragidos estavam na cela 113 do pavilhão B. No dia seguinte, os servidores perceberam que um dos suspeitos não parecia o mesmo. Na cela 101 encontraram Sérgio Gonçalves da Rocha, um dos nomes da lista de foragidos.

O interno contou que no domingo, dia 22, foi convidado para ir até a cela de Andorinha “comer carne e tomar umas”. Lá recebeu a proposta de mudar de cela. Ele então ficou na 101 e Antônio assumiu seu lugar na 113. Menos de dois meses depois da fuga, Antônio foi identificado um dos integrantes da "quadrilha do chapéu".

Quadrilha - Na madrugada do último dia 10, outros dois integrantes da quadrilha, Valdecir Valchak, 31 anos, e Dilermando César Pereira de Almeida, 24 anos, foram mortos em troca de tiros com a policiais do Batalhão de Choque na BR-060, entre o distrito de Indubrasil e a cidade de Rochedo.

O grupo é suspeito de cometer pelo menos três assaltos a comércios da Capital nas últimas semanas. Os alvos foram um açougue na Rua das Bandeiras, na Vila Carvalho, um mercado no Jardim Inápolis e uma farmácia na Rua Amazonas, na Vila Gomes. Os assaltos foram registrados por câmeras de segurança.

Armamentos de guerra - Os assaltos praticados pela quadrilha do chapéu eram planejados por Antônio Júlio, conforme a apuração. As investigações chegaram até a formação da quadrilha por meio de dois endereços que estavam em um papel dentro do veículo Polo, usada pelo grupo nos crimes.

Dentro do Polo, os policiais encontraram uma carabina ponto 30, uma submetralhadora UZI, colete à prova de balas, carregadores, munições, um chapéu de palha e dois bonés.

De acordo com o comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Marcus Vinícius Pollet, o tipo de armamento encontrado é restrito. “São armamentos pesados, de uso restrito e usadas que são usadas em guerra”, apontou.

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