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Cidades

Advogados fazem protesto exigindo afastamento do ministro Sérgio Moro

O grupo avisa que a intenção é de vigília permanente, com protesto uma vez por semana, até que Sérgio Moro deixe o cargo

Ângela Kempfer e Liniker Ribeiro | 14/06/2019 15:49
Advogados cantam Hino Nacional em frente ao Fórum. (Foto: Kisie Ainoã)
Advogados cantam Hino Nacional em frente ao Fórum. (Foto: Kisie Ainoã)

Cerca de 40 advogados fizeram uma manifestação na tarde desta sexta-feira, em frente ao Fórum de Campo Grande, pelo afastamento do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Na esquina da 25 de Dezembro com a Rua da Paz, eles ligaram o carro de som e defenderam a saída do ministro do cargo, depois de vazamento de mensagens trocadas por Sérgio Moro, então juiz, com o procurador da República, Deltan Dallagnol, coordenador da Lava-Jato.

O protesto que começou por volta de 14h, terminou com o Hino Nacional e a convocação para novo ato na próxima sexta-feira, no mesmo horário. O grupo avisa que a intenção é de vigília permanente, com protesto uma vez por semana, até que Sérgio Moro deixe o governo Federal.

“Não há como falar que é normal um juiz estar combinado com uma das partes. Tem de ser imparcial. O ministro já mostrou que é desonesto e antiético", diz o advogado José Belga Trad.

Um dos organizadores do protesto, ele garante que o movimento é apartidário e surgiu por indignação de quem depende da imparcialidade nos julgamentos.

“Sou advogado criminalista, sei da dificuldade que os advogados enfrentam para exercer a profissão e sei também que o juiz, quando está combinado com uma das partes, não há advogado que consiga desenvolver o seu trabalho e defender a outra parte. Quando está combinado, a justiça já não importa para ele. Ele vai atuar para favorecer a outra parte, tenha ela razão ou não”, justifica.

Na próxima sexta-feira o grupo deve voltar ao Fórum, às 14 horas, para novo protesto.

Em entreivsta à imprensa nacional, Moro tem dito que cometeu um "descuido formal" ao repassar, via Telegram, informação a Deltan Dallagnol. Mas argumenta que está dentro da "normalidade" um juiz repassar notícias-crime ao Ministério Público.

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