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Cidades

Agasalhados, animais ganham atendimento gratuito em programa itinerante

Projeto dará apoio a ONGs e protetores independentes que gastam o que não tem para tratar os bichos resgatados

Silvia Frias e Alana Portela | 07/05/2021 10:33
Atendimento feito esta manhã, na ONG Cão Feliz, no lançamento do programa (Foto: Marcos Maluf)
Atendimento feito esta manhã, na ONG Cão Feliz, no lançamento do programa (Foto: Marcos Maluf)

Os cães chegaram agasalhados para a consulta com médico veterinário na manhã desta sexta-feira. O atendimento é gratuito por meio do programa Subea Itinerante e já pode ser agendado por protetores independentes e ONGs de assistência animal. A ideia é atender os bichos resgatados e que demandam gasto que nem sempre aqueles que se preocupam com a saúde deles dispõem.

O programa faz parte das ações da Subea (Subsecretaria de Bem-Estar Animal) da prefeitura de Campo Grande. A equipe é composta por dois médicos veterinários que irão atender, de foram gratuita, 3 vezes por semana. Para receber a visita deles, será preciso ligar e fazer cadastramento, aguardando a consulta.

A subsecretária Ana Cristina Camargo Castro explica que o objetivo é atender ONGs e protetores independentes, estes, pessoas que não tem qualquer ligação com entidade, mas tem histórico de atendimento de animais. “Quando equipe chegar no lugar vai ver as condições do animal”, disse. Isso não significa que se alguma pessoa encontrar bicho necessitando de cuidados na rua e quiser recolher para ajudar não possa ligar para o atendimento.

Animais restados precisam ser vacinados, vermifugados e de medicamentos (Foto: Marcos Maluf)
Animais restados precisam ser vacinados, vermifugados e de medicamentos (Foto: Marcos Maluf)

Como o atendimento é restrito a 3 vezes por semana, é preciso aguardar a chegada da vez. Isso porque, caso os médicos tenham sido agendados para ir a ONG, por exemplo, em que regularmente há mais de 50 animais sendo cuidados, pode ser que todo o dia seja tomado para estes exames.

O lançamento do programa foi feito esta manhã, na ONG Cão Feliz, no Jardim Noroeste. Lá estão sendo abrigados 111 cachorros, além de outros 59 que estão em lares temporários.

A responsável pela ONG, Kelly Macedo, 58 anos, disse que o atendimento gratuito desafoga um pouco os gatos da entidade. Por mês, são cerca de R$ 700 em medicamentos e atendimento clínico. Kelly até citou que está devendo uma clínica veterinária, justamente porque não teve como arcar o custo.

Veterináira Gisele Tavares, integrante do projeto (Foto: Marcos Maluf)
Veterináira Gisele Tavares, integrante do projeto (Foto: Marcos Maluf)

“A gente vive de doações e nem sempre consegue”, disse Kelly, explicando que já teve que tirar de sua aposentadoria para fechar as contas. Ela diz que, se conseguir evitar o gasto médio de R$ 700 pode direcionar o valor para compra de outros medicamentos não cobertos pelo programa ou mais ração para os cachorros.

A veterinária Gisele Tavares é uma das integrantes do Subea Itinerante. Ela conta que muitos animais resgatados nas ruas estão com leishmaniose, virose ou machucados em decorrência de maus-tratos. “Vamos fazer curativo, vacinar, vermifugar, medicar se necessário, a ideia é tentar ajudar nas dificuldades”, disse.

Quem quiser agendar atendimento para algum animal resgatado, o telefone de cadastramento é o 2020-1397.

Para quem se interessou em ajudar a ONG Cão Feliz, no Jardim Noroeste, o contato é 99902-1903.

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