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Cidades

Após 4 horas e meia, Omertà conclui buscas na casa de deputado

Depois de vasculharem imóvel, agentes saíram com malote bem grande e cheio

Anahi Zurutuza e Clayton Neves | 02/12/2020 11:08
Agente do Gaeco deixa a casa de Jamilson Name agarrado a malote cheio de material apreendido (Foto: Marcos Maluf)
Agente do Gaeco deixa a casa de Jamilson Name agarrado a malote cheio de material apreendido (Foto: Marcos Maluf)

Equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos Assaltos e Sequestros) e Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) passaram quatro horas e meia vasculhando a casa do deputado estadual Jamilson Name, no Bairro Itanhangá, em Campo Grande.

Da residência do parlamentar, um homem saiu em viatura. Sem algemas, de máscara, camiseta e bermuda, ele entrou no veículo que pertence ao Garras. Não havia confirmação de que ele havia sido preso. Depois, o Campo Grande News apurou que se trata de testemunha.

Homem entrando no banco de trás de viatura; não há confirmação de prisão (Foto: Marcos Maluf)
Homem entrando no banco de trás de viatura; não há confirmação de prisão (Foto: Marcos Maluf)



Depois das buscas, agentes saíram com malote bem grande e cheio. Segundo o advogado Tiago Bunning, que acompanhou os trabalhos da sexta fase da Operação Omertà na residência do parlamentar, apesar do tamanho da sacola tirada do local, “não foi apreendido nada de muito relevante”. “Apenas documentos e um computador”, completou.

Antes da conclusão das buscas, pelo menos duas vezes, integrantes da força-tarefa saíram com malotes e os guardaram em viaturas.

Advogados Tiago Bunning e Gustavo Passarelli deixando endereço de Jamilson Name após buscas (Foto: Marcos Maluf)
Advogados Tiago Bunning e Gustavo Passarelli deixando endereço de Jamilson Name após buscas (Foto: Marcos Maluf)

Mais cedo, policiais do Garras chegaram ao endereço levando um máquina de contar dinheiro.  Ninguém quis revelar se na casa da Jamilson Name foi apreendida alguma soma. Bunning afirmou apenas que “era um valor normal, nada muito além do comum”. Disse que não poderia falar em cifras por ser informação confidencial.

O advogado completou dizendo que o cliente está muito tranquilo e acompanhou todo o trabalho da força-tarefa com bastante calma.

O deputado é filho de Jamil Name, que está preso desde outubro do ano passado na Penitenciária Federal de Mossoró (RN) e é apontado como o líder de milícia armada responsável por execuções em Campo Grande.

A operação – A Operação Omertà voltou às ruas de Campo Grande nesta quarta-feira (2) para cumprir 13 mandados de prisão e 17 de busca e apreensão. Ainda não foram divulgados quem são os alvos das ordens de prisão, mas conforme apuração da reportagem, são pessoas que fazem funções de coordenação no jogo do bicho na Capital.

A sexta fase da força-tarefa, ataca, portanto, as gerências da atividade ilegal. Também estão sendo feitas buscas na sede da Pantanal Cap, empreendimento da família Name que, conforme a investigação, não só trabalha com títulos de capitalização, mas é usada para coordenar o jogo de azar.

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