Após sair da prisão, "Frescura" usará tornozeleira e ficará longe de prefeitura
Ueverton da Silva Macedo é réu no processo que trata de esquema de corrupção em Sidrolândia

O empresário Ueverton da Silva Macedo, conhecido como “Frescura”, deve ser liberado hoje (1º), após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) conceder habeas corpus. Em cumprimento à decisão, o réu usará tornozeleira eletrônica por 180 dias e deverá manter distância mínima de 100 metros da sede da prefeitura de Sidrolândia, epicentro do escândalo.
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O empresário Ueverton da Silva Macedo, conhecido como "Frescura", será liberado após decisão do Superior Tribunal de Justiça. Ele deverá usar tornozeleira eletrônica por 180 dias e manter distância da prefeitura de Sidrolândia, onde é réu em ações sobre fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. O caso é parte da Operação Tromper, deflagrada em 2023 pelo Gaeco. Macedo foi condenado a 37 anos de prisão em um dos processos e também recebeu sentença de 3 anos e 6 meses por obstrução da Justiça. A operação já resultou na prisão de empresários e políticos locais.
“Frescura” é réu em ações sobre esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos na prefeitura de Sidrolândia. O empresário está detido na Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, conhecida como “Federalzinha”.
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Pela decisão do ministro Messod Azulay Neto, do STJ, foi revogada a prisão preventiva e restabelecidas as medidas cautelares estabelecidas anteriormente.
Com isso, em cumprimento à decisão do STJ, a Vara Criminal de Sidrolândia determinou que o empresário volte a utilizar o monitoramento eletrônico e obedeça ao recolhimento domiciliar no período noturno e aos finais de semana e feriados. A saída diurna somente será autorizada para trabalho e estudo previamente estabelecidos e informados.
Após a instalação do equipamento de monitoramento, “Frescura” terá prazo máximo de 48 horas para informar à Central de Monitoramento o endereço domiciliar. Segundo o advogado William Maksoud Machado, a liberação deve ocorrer hoje, assim que for designada escolta para levar até a central.
O empresário havia sido preso preventivamente no dia 3 de abril de 2024 e, em 26 de abril daquele ano, o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) substituiu a detenção por medidas cautelares. Porém, em 24 de outubro de 2024, nova prisão preventiva foi decretada.
Em maio de 2025, o empresário foi condenado a 3 anos e 6 meses de reclusão e 11 dias-multa, em regime inicial semiaberto, acusado de obstrução da Justiça. Em agosto do mesmo ano, nova sentença: 37 anos, 10 meses e 8 dias de prisão em um dos processos resultantes da Operação Tromper.
Histórico – A Operação Tromper foi deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) no dia 18 de maio de 2023, apurando fraudes em licitações e desvio de verbas da prefeitura de Sidrolândia. A segunda fase foi realizada no dia 21 de julho, com prisões de um vereador e de empresários.
A terceira fase, em 3 de abril de 2024, teve como alvo principal o ex-secretário municipal de Finanças de Sidrolândia, Claudio Jordão da Serra Filho, o Claudinho Serra, então vereador licenciado de Campo Grande. Ele foi preso preventivamente junto com o assessor Carmo Name Júnior. Serra ficou 23 dias encarcerado e foi solto sob medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica e recolhimento noturno.
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