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Cidades

Briga na madrugada envolve jovens de classe média alta

Redação | 05/02/2010 16:00

Revoltada depois de sessão de violência protagonizada por jovens de classe média alta de Campo Grande, uma mãe resolveu denunciar a banalização desse tipo de caso na Capital.

RESUMO

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Jovens de classe média alta se envolvem em briga generalizada em Campo Grande. A confusão ocorreu na madrugada de ontem, em frente a uma residência no bairro Monte Carlo, e resultou em agressões físicas e ameaças com arma branca. O caso foi registrado na delegacia de polícia, e a mãe de uma das vítimas cobra punição aos agressores.Segundo o boletim de ocorrência, os irmãos Cauê e Pablo Moreira, acompanhados do amigo Gilson Soares, agrediram dois jovens, identificados como L.N.C. de A. e R.H.V. Pablo Moreira portava um canivete e ameaçou uma das vítimas. Os agressores alegam que as vítimas tocaram a campainha da residência e fugiram. O pai dos irmãos Moreira, coronel da reserva da Polícia Militar, contesta a versão apresentada no boletim de ocorrência e afirma que os jovens em frente à sua casa provocaram a confusão. A mãe de uma das vítimas, funcionária pública, expressou indignação e pretende acionar a justiça para garantir a segurança do filho.

Na madrugada de ontem jovens foram agredidos quando estavam em frente a uma casa no bairro Monte Carlo e o caso foi parar na delegacia. Agora a mãe de uma das vítimas cobra punição dos agressores e quer garantir a integridade física do filho e distância dos agressores. O rapaz ficou sob ameaça de um canivete, encostado no pescoço, durante a confusão.

O boletim de ocorrência foi registrado no Cepol (Centro de Polícia Especializada da Capital) às 5h08 de ontem. O acadêmico de Direito, L. N. da C. de A., 21 anos e o amigo R.H.V., 19, conseguiram se desvencilhar dos rapazes e acionar a policia.

Conforme o boletim de ocorrência, quando os policiais chegaram ao local encontraram os irmãos Cauê Dimarcus Moreira e Pablo Machado Moreira, 28, e o amigo deles Gilson da Silva Soares, 26, todos muito exaltados e ameaçando os outros rapazes, inclusive na frente dos policiais.

Ainda segundo o BO, Pablo estava inclusive armado com um canivete, que foi apreendido. Todos foram levados para a delegacia, ouvidos e depois liberados.

Conforme relato de L. N. da C. de A., um dos rapazes agredido, Guilherme Cruz de Freitas, 22, ficou bastante ferido, após levar vários socos e pontapés.

Na versão dele, estava na casa de uma amiga para uma festa de despedida na rua Val de Palma. Em determinado momento, os agressores chegaram, em dois veículos, jogando uma camionete sobre a calçada.

O acadêmico afirma que eles desceram e já iniciaram as agressões, alegando que os jovens tinham tocado a campainha na casa deles e saído correndo. Os agressores teriam tentado colocar as vítimas dentro da camionete, mas não conseguiram.

Ele afirma que se sente humilhado. Para ele, o que mais revolta é "a prepotência" dos agressores, que continuaram a xingar e a tentar a avançar neles mesmo com a presença dos policiais. "Ele disse que eu não iria processa-lo porque não teria dinheiro para isso", afirma.

Os veículos usados pelos irmãos foram uma camionete Ranger e um Astra, novos. Os irmãos Cauê e Pablo são filhos do coronel da reserva Francisco Carlos da Silva Moreira, que foi comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul entre janeiro de 1999 e dezembro de 2000.

Sem tranqüilidade - Moreira afirmou que a história é outra, não a relatada no boletim de ocorrência. "Não é como está registrado", destacou o coronel da PM, que lamentou o incidente envolvendo os jovens.

Ele contou que apertaram o interfone da residência por volta das 3h da madrugada de ontem, quando gritaram e fizeram ameaças. "Causou pânico e medo na minha mulher, que tentou, por várias vezes, acionar a Polícia Militar", relatou. No entanto, nenhum policial militar teria comparecido ao local, o que ocasionou o fato registrado na Polícia Civil.

"Não gostaria que tivesse acontecido, jovens devem se divertir", lamentou o coronel. Ele destacou ainda que apesar de envolver seus filhos, ele não participou da ocorrência. Moreira só é citado no boletim de ocorrência como pais dos dois jovens.

Indignação -Indignada, a mãe deL. N. da C. de A., a funcionária pública L. C. N. da C. diz que pretende entrar com pedido à Justiça para garantir que a segurança de seu filho seja resguardada e cobra que os agressores sejam punidos.

Ela também alerta outros pais sobre a violência na cidade. "Meus filhos estudam e não têm hábito de beber. Você dá uma boa formação moral para seu filho, investe na educação, universidade, curso de inglês para acontecer isso com ele?", diz, aos prantos. A mulher afirma que não pretende mover ação pedindo indenização por danos morais. "A questão não é ganhar dinheiro de uma forma fácil quero garantir a segurança do meu filho", finaliza.