Defesa pede revogação de prisão e ex-prefeito não se apresenta
O pedido de revogação de prisão temporário foi confirmado pelo advogado
Ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Azambuja (MDB), que deveria ter sido preso ontem, durante a Operação Dark Money, do Dracco (Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado) teve pedido de habeas corpus protocolado hoje e não se apresentou à Polícia Civil. Ele é investigado pelo desvio de R$ 3 milhões do erário municipal.
O pedido de revogação de prisão temporário foi confirmado pelo advogado de Maurílio, Rodrigo Dalpiaz, que esta manhã, havia informado que o ex-prefeito iria se apresentar à polícia. Além de Maurílio, Dalpiaz também defende Lenilso Carvalho Antunes, secretário de Finanças de Maracaju, que foi preso ontem.
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Além dele, também foram presos Daiana Cristina Kuhn, Iasmin Cristaldo Cardoso, Pedro Everson Amaral Pinto, Fernando Martinelli Sartori e Moisés Freitas Victor. Os três últimos foram ouvidos hoje na sede do Dracco, no entanto, disseram que só prestarão informações em juízo. Já as duas mulheres deverão ser ouvidas amanhã.
A delegada responsável pelas investigações, Ana Cláudia Medina, disse que com a ação de ontem, “cumprimos buscas e apreensões, porque já era o momento, porque já que não havia dúvida que essa movimentação foi ilegal”.
Pedro é dono de uma tapeçaria onde Moisés trabalhava e é ex-sogro de Fernando. A empresa mantinha uma conta bancária que era usada para o desvio dos recursos dos cofres municipais de Maracaju.
A movimentação financeira era realizada em valores fracionados, somando cerca de 600 cheques com valor médio de R$ 38 mil. Tudo isso acontecia para fugir das notificações oficiais ao Banco Central. Ontem, foram identificadas mais 75 lâminas, que somadas dão R$ 3 milhões, totalizando ao menos R$ 26 milhões em desvios.
Mais cedo, a delegada havia informado que o grupo torava valores da conta oficial da prefeitura, alegando que era para usar com a folha de pagamento, “só que isso não existia e o dinheiro ia parar nesta conta paralela" da tapeçaria.
Daiana Cristina Kuhn e Iasmin Cristaldo Cardoso foram para a cela da 2ª DP (Delegacia de Polícia Civil) de Campo Grande, enquanto os demais foram divididos entre a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) e Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), já que não há carceragem no Dracco.