Em menos de 24h, vaquinha para custear buscas de montanhista no Peru bate meta

Em menos de 24 horas no ar, uma vaquinha virtual criada para ajudar a custear as buscas pelo montanhista Edson Vandeira e outros dois escaladores arrecadou mais de 95% da meta de R$ 50 mil. Até o início da tarde desta quarta-feira (4), o montante arrecadado era de R$ 48.312, com o apoio de 434 pessoas.

As primeiras informações divulgadas sobre o desaparecimento de Edson Vandeira atribuíam o local de nascimento dele a Campo Grande, mas, conforme a irmã, Jackeline Vandeira, o montanhista apenas morou na Capital por dois anos.

Edson está desaparecido desde o dia 1º de junho, junto com outros dois alpinistas, na montanha Artesonraju, um dos picos mais desafiadores da Cordilheira Branca, no Peru. Eles integravam uma expedição de Montanha. Segundo o grupo responsável pelo resgate, a barraca dos alpinistas foi encontrada vazia na madrugada da operação. Há indícios de que eles tenham alcançado o cume, mas algo grave pode ter ocorrido durante a descida.

As buscas seguem em ritmo intenso, com a mobilização de equipes de resgate, guias locais, montanhistas experientes, policiais, amigos e familiares. No entanto, o resgate em alta montanha é considerado extremamente complexo, exigindo estrutura logística, equipamentos técnicos, alimentação e deslocamento em altitude.

A arrecadação tem como objetivo custear os gastos com a operação de resgate e também ajudar no deslocamento de familiares até o Peru. “Toda contribuição, de qualquer valor, faz a diferença agora. Essa ajuda será essencial para manter as buscas ativas e oferecer todas as condições possíveis para encontrar Edson e os demais”, afirma o texto da campanha.

“Cada minuto é precioso. Seguimos com esperança e unidos por um propósito maior: trazer nossos amigos de volta”, finaliza o grupo que criou a vaquinha. A arrecadação pode ser acessada pela plataforma Vakinha, neste link.

Conhecido por seu preparo físico e mental, Edson Vandeira é um nome respeitado no montanhismo. Nascido em Campo Grande-MS, começou a praticar montanhismo em 2008, aos 19 anos. Já integrou expedições no Himalaia, cruzou os Andes e esteve nove vezes na Antártida, onde atuou na segurança de cientistas. Atualmente, mora no Peru, onde estuda para se tornar guia internacional certificado e conciliava a rotina de cursos com sua paixão por registrar paisagens extremas com a câmera.

Edson ficou conhecido em Campo Grande por compartilhar registros da natureza urbana. “A rotina das capivaras em alguns pontos da cidade de Campo Grande, MS”, escreveu em uma de suas postagens no Instagram.

(*) Matéria editada às 15h30 para correção de informação.

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