Em MS, IBGE aponta que 26 municípios ainda não têm acesso a coleta de esgoto
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico e foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE
O serviço de esgotamento sanitário ainda é ausente em 26 cidades de Mato Grosso do Sul. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico e foram divulgados nesta quarta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O estudo foi realizado em 2017.
A pesquisa apontou que, em nove anos, o número de municípios com coleta de esgoto sanitário passou de 44,8% para 67%, ou seja, 33% das cidades sul-mato-grossenses ainda não têm coleta de esgoto. No Estado, há um volume de 158 mil m³ de esgoto coletado por dia, dos quais 151 mil m³ são tratados, o que equivale a 95,6%.
Em relação ao nível do tratamento (preliminar, primário, secundário e terciário), 96,6% do volume tratado recebia tratamento do tipo secundário (oxidação da carga orgânica pela ação de microrganismos), 2,7% terciário (retirada de poluentes como nutrientes, patogênicos, sólidos inorgânicos dissolvidos e em suspensão) e 0,7% primário (remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis e de sólidos flutuantes).
Ainda segundo o Estudo, de 2008 para 2017, cresceu o número de economias residenciais ativas com esgotamento (domicílio onde houve pagamento de conta e/ou coleta de esgoto) de 126 mil para 359 mil, ou seja, um aumento de 185%.
Em todos os municípios, de acordo com a pesquisa, existe tratamento de água distribuída. Do volume distribuído tratado, 20,25% recebe tratamento convencional, que contempla as etapas de floculação, decantação, filtração e desinfecção. Já outros 91,13% recebem apenas simples desinfecção (e, eventualmente, fluoretação e correção de pH).
Em 2017, quase 21% da água captada em Mato Grosso do Sul foi de água doce vinda de mananciais superficiais, 93,6% veio de poço profundo. Apenas 2,5% são de água salobra, salgada ou salina. Todos os 79 municípios com serviço de abastecimento de água por rede geral de distribuição em funcionamento possuem tarifa. Já a cobrança de tarifas pelo esgotamento sanitário está presente em 98,1% das cidades que oferecem o serviço.
Nesta semana, matéria do Campo Grande News mostrou que, o governo estadual lançou licitação para realizar uma parceria público-privada na área de esgotamento sanitário. A expectativa é que a empresa escolhida faça um investimento de R$ 3,8 bilhões e assim possa se fazer a cobertura de 100% de esgoto.
