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Cidades

Em MS, negros representaram 63,42% dos homicídios de 2017

Atlas da Violência 2017 indica que 418 das 659 mortes no Estado foram de homens negros; no ano, 327 pessoas foram mortas a tiros

Silvia Frias | 05/06/2019 17:46
Agentes retiram corpo de rapaz executado com tiro na nuca, em 2019 (Foto/Arquivo: Geisy Garnes)
Agentes retiram corpo de rapaz executado com tiro na nuca, em 2019 (Foto/Arquivo: Geisy Garnes)

Mato Grosso do Sul registrou 659 homicídios em 2017, sendo que 418 foram de negros, 63,42% do total, conforme Atlas da Violência 2017 divulgado hoje, em estudo feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo FBS (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). No período, 33 mulheres negras foram assassinadas.

O crescimento na década 2007/2017 da taxa de homicídio de negros em alguns estados foi substancial. Novamente o Rio Grande do Norte apareceu nessa lista como detentora do maior índice, 333,3%.

Tiros - somente naquele ano, o Estado registrou 327 mortes por arma de fogo, aumento de 0,3% em relação ao resultado do ano anterior. O levantamento avalia que o avanço do crime organizado, entre 2007 e 2017, foi responsável pelo aumento dos índices em alguns estados, com destaque para Acre (538,4%), Rio Grande do Norte (286,9%) e Ceará (254,7%).

Em Mato Grosso do Sul essa variação na década foi negativa, -18,5%. Porém, avaliando de 2016/2017, houve alta de 0,3%, passando de 326 para 327 mortes por arma de fogo no Estado.

Pelo índice nacional geral, a arma de fogo foi usada por 76,9% dos homicídios masculinos e, no caso dos homicídios femininos, 53,8%.

Em relação ao número de assassinatos de mulheres, o Estado havia registrado queda em relação a 2016, passando de 80 para 61 homicídios. Em dez anos, houve redução de 9%, já que em 2007 foram 67 mortes violentas.

 

 

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