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Cidades

Enfermeiro diz que máscara é só umas das formas de prevenir a tuberculose

Prefeitura da Capital retomou o uso obrigatório de máscaras após aumento nos casos de transmissão da doença

Gabriel de Matos | 10/05/2023 16:54
Tosse é um dos sintomas da tuberculose (Foto: Divulgação)
Tosse é um dos sintomas da tuberculose (Foto: Divulgação)

A Prefeitura de Campo Grande determinou a volta do uso de máscaras faciais em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) a partir desta quarta-feira (10). O objetivo, de acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), é prevenir os casos de tuberculose, que cresceram no município. A informação foi publicada na noite desta terça-feira (9), na edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).

O enfermeiro, doutor em infectologia, Everton Lemos, destacou que a máscara é somente uma das formas para proteção contra a doença. O paciente com suspeita de tuberculose deve usar máscara comum. Quando houver a confirmação, o modelo a ser usado é o N95 ou PFF2, mais efetivos nesses casos.

Assim como a covid e a influenza (gripe), se prevenir da tuberculose envolve evitar ambientes fechados com pouca iluminação solar, uso de drogas, desnutrição e contato com pessoas que apresentarem sintomas respiratórios.

Ele também ressalta que as outras formas de prevenção começam ainda na primeira infância. "A primeira vacina que o bebê recebe é a BCG, que evita formas mais grave da doença. Isso já é uma forma de prevenção!", destaca Everton.

Lemos explicou que a tuberculose é uma doença causada por uma bactéria, chamada de 'Bacilo de Koch (nome de quem descobriu a doença, Robert Koch). A doença é transmitida de uma pessoa doente por tuberculose ao tossir. O doente lança ao ambiente pequenas partículas contendo a bactéria.

Profissionais de saúde deverão usar modelo de máscara PFF2 ou N95 (Foto: Agência Brasil)
Profissionais de saúde deverão usar modelo de máscara PFF2 ou N95 (Foto: Agência Brasil)

A doença é infecciosa, curável e pode atingir pulmões e outros órgãos. Quando atinge os pulmões, os principais sintomas são: febre baixa, emagrecimento, perda do apetite, tosse por mais de três semanas (com ou sem secreção), expectoração de catarro que pode vir com sangue, dor no peito e nas costas, além da fraqueza.

O tratamento da doença é realizado com antibióticos, totalmente gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O enfermeiro afirma que é importante a orientação do profissional de saúde para cada caso. "No geral, o tratamento persiste por seis meses em uso contínuo da medicação. O abandono ou a descontinuidade ao tratamento são fatores que influenciam a resistência ao medicamento, com isso, aumenta o risco de gravidade e até mesmo de internação para troca do medicamento", alerta.

O enfermeiro Everton ainda disse que um paciente pode apresentar mais de uma doença durante a tuberculose. "Chamamos de coinfecção, pode ter com outras doenças. Mas uma das principais doenças é o HIV".

A orientação para quem tiver com sintomas respiratórios que se assemelham à tuberculose é procurar uma unidade de saúde e relatar a situação.

Por fim, o enfermeiro exalta que o paciente não deve abandonar o tratamento após a melhora clínica. A doença tuberculose é lenta e pode levar a óbito quando não tratada adequadamente.

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