Escola é investigada por cobrar por curso em troca de 1º emprego
Pelo menos 30 jovens teriam pago por curso à distância, enganadas pela promessa de garantia de vaga no mercado de trabalho
Uma empresa foi denunciada por oferecer vaga no mercado de trabalho, mediante matricula em curso à distância. O flagrante foi feito esta manhã, em ação conjunta do Procon Municipal de Campo Grande e da Polícia Civil.
A empresa CTRE (Centro de Treinamento e Estágios) começou a funcionar em março deste ano, na Rua 13 de Maio. O delegado da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes contra Relações de Consumo), Wilton Vilas Boas de Paula disse que a proprietária é ex-funcionária que escola de capacitação Aprendiz, que também foi alvo de denúncia similar, em abril deste ano.
De acordo com o Procon, pelo menos 30 pessoas fizeram a matrícula no curso, com pagamento de R$ 200 de entrada e mais oito parcelas de R$ 144. Deste grupo, há casos de pessoas que fizeram desembolso diferenciado, pagando à vista por curso de 30 dias. No mínimo, foram R$ 6 mil pagos à empresa, se contar apenas o 1º valor.
No momento da fiscalização, vários alunos estavam no local, assistindo às aulas e a mãe de uma aluna chegou para desfazer o negócio, justamente porque a filha não recebeu o primeiro emprego.
A proprietária da empresa disse que tinha contrato de encaminhamento de emprego com várias empresas, porém, a equipe do Procon entrou em contato com algumas e essa informação não foi confirmada.
O delegado disse que a empresária foi interrogada e liberada. A escola não foi interditada, pois estava com a documentação legalizada para centro de treinamento.
A empresária deve ser indiciada por crime previsto no artigo 7º da Lei 8137/90 induzir o consumidor ou usuário a erro, por via de indicação ou afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza, qualidade do bem ou serviço, utilizando-se de qualquer meio, inclusive a veiculação ou divulgação publicitária).