ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
AGOSTO, QUINTA  21    CAMPO GRANDE 23º

Cidades

Estado dá mais três meses para Grupo de Trabalho da Deam acompanhar inquéritos

Força-tarefa analisou quase 6 mil boletins de ocorrência de violência contra a mulher desde fevereiro

Por Fernanda Palheta | 20/08/2025 11:51
Estado dá mais três meses para Grupo de Trabalho da Deam acompanhar inquéritos
Mulher aguardando atendimento em frente à Deam, na Casa da Mulher Brasileira (Foto: Osmar Veiga)

O GT Deam (Grupo de Trabalho da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), criado para revisar e dar celeridade à apuração de crimes praticados contra mulheres, terá mais três meses para acompanhar o resultado dos inquéritos instaurados. A segunda prorrogação foi oficializada por meio de portaria publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (20).

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Força-tarefa na Deam de MS ganha mais três meses para concluir investigações. O Grupo de Trabalho, criado após o assassinato da jornalista Vanessa Ricarte, teve sua segunda prorrogação oficializada. O objetivo é acompanhar os inquéritos instaurados a partir da revisão de mais de 5 mil boletins de ocorrência “engavetados”.A prorrogação visa garantir que o GT monitore os casos até a conclusão, assegurando a continuidade do trabalho iniciado em fevereiro. O grupo, coordenado pelo delegado-geral adjunto e pela delegada Maria de Lourdes Cano, busca dar celeridade à apuração de crimes contra mulheres e aprimorar o atendimento às vítimas de violência doméstica. Ao final, um relatório com sugestões para melhorias nos procedimentos será apresentado.

O delegado-geral da Polícia Civil, Lupércio Degerone, explica que o objetivo da prorrogação é não deixar pontas soltas nesta força-tarefa. "A prorrogação foi apenas para monitorar e acompanhar os inquéritos policiais que estão sendo conduzidos pelas delegacias de áreas para os quais foram distribuídos. Porque, senão, iria ficar uma ponta solta, já que esses inquéritos tiveram origem no grupo de trabalho. É importante que o grupo de trabalho que deu início e distribuiu acompanhe até o final. Foram todos deliberados", disse em entrevista ao Campo Grande News.

A força-tarefa foi criada no dia 20 de fevereiro como uma resposta às falhas no atendimento à jornalista Vanessa Ricarte, assassinada pelo ex-noivo, Caio Nascimento, no dia 12 de fevereiro. Um áudio gravado pela vítima escancarou o atendimento descrito como “frio”. Na ocasião, a delegada que atendeu Vanessa não repassou o histórico do agressor e disse que a própria vítima deveria notificar o ex. A jornalista também não foi escoltada ao voltar para casa após o registro do boletim de ocorrência.

O grupo analisou 5,3 mil boletins de ocorrência “engavetados” na Deam, ou seja, que não resultaram em instauração de procedimento ou que permanecem com providências pendentes. O objetivo principal da força-tarefa é garantir maior eficiência e celeridade na apuração dos crimes, além de aperfeiçoar o atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar.

A coordenação do mutirão está a cargo do delegado-geral adjunto, Márcio Custódio, e da delegada Maria de Lourdes Cano. Entre as atribuições estão o levantamento e a análise dos boletins de ocorrência, a identificação de casos que precisam de reavaliação ou complementação, a análise de procedimentos que podem ter prescrito e a proposição de medidas para otimizar a tramitação das investigações.

A expectativa é de que, ao final dos trabalhos, seja apresentado um relatório com conclusões e sugestões para aperfeiçoar permanentemente os procedimentos adotados na apuração de crimes contra as mulheres em Mato Grosso do Sul.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.