Estado dá mais três meses para Grupo de Trabalho da Deam acompanhar inquéritos
Força-tarefa analisou quase 6 mil boletins de ocorrência de violência contra a mulher desde fevereiro
O GT Deam (Grupo de Trabalho da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), criado para revisar e dar celeridade à apuração de crimes praticados contra mulheres, terá mais três meses para acompanhar o resultado dos inquéritos instaurados. A segunda prorrogação foi oficializada por meio de portaria publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (20).
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O delegado-geral da Polícia Civil, Lupércio Degerone, explica que o objetivo da prorrogação é não deixar pontas soltas nesta força-tarefa. "A prorrogação foi apenas para monitorar e acompanhar os inquéritos policiais que estão sendo conduzidos pelas delegacias de áreas para os quais foram distribuídos. Porque, senão, iria ficar uma ponta solta, já que esses inquéritos tiveram origem no grupo de trabalho. É importante que o grupo de trabalho que deu início e distribuiu acompanhe até o final. Foram todos deliberados", disse em entrevista ao Campo Grande News.
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A força-tarefa foi criada no dia 20 de fevereiro como uma resposta às falhas no atendimento à jornalista Vanessa Ricarte, assassinada pelo ex-noivo, Caio Nascimento, no dia 12 de fevereiro. Um áudio gravado pela vítima escancarou o atendimento descrito como “frio”. Na ocasião, a delegada que atendeu Vanessa não repassou o histórico do agressor e disse que a própria vítima deveria notificar o ex. A jornalista também não foi escoltada ao voltar para casa após o registro do boletim de ocorrência.
O grupo analisou 5,3 mil boletins de ocorrência “engavetados” na Deam, ou seja, que não resultaram em instauração de procedimento ou que permanecem com providências pendentes. O objetivo principal da força-tarefa é garantir maior eficiência e celeridade na apuração dos crimes, além de aperfeiçoar o atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar.
A coordenação do mutirão está a cargo do delegado-geral adjunto, Márcio Custódio, e da delegada Maria de Lourdes Cano. Entre as atribuições estão o levantamento e a análise dos boletins de ocorrência, a identificação de casos que precisam de reavaliação ou complementação, a análise de procedimentos que podem ter prescrito e a proposição de medidas para otimizar a tramitação das investigações.
A expectativa é de que, ao final dos trabalhos, seja apresentado um relatório com conclusões e sugestões para aperfeiçoar permanentemente os procedimentos adotados na apuração de crimes contra as mulheres em Mato Grosso do Sul.
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