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Cidades

Estado se destaca em vagas integrais, mas falha na pré-escola e ensino médio

Estado tem 63% das crianças de 0 a 3 anos em jornada ampliada, mas só 5% na pré e 17% no médio

Por Lucas Mamédio | 09/04/2025 17:38
Estado se destaca em vagas integrais, mas falha na pré-escola e ensino médio
Ceinf (Centro de Educação Infantil) no Jardim Noroeste, em Campo Grande (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Mato Grosso do Sul aparece com um dos melhores índices de tempo integral em creches, com 63,3% das crianças de 0 a 3 anos atendidas em jornada ampliada. Mas o desempenho cai drasticamente nas demais etapas da educação básica. Só 5,3% das crianças da pré-escola estão em tempo integral e, no ensino médio, o índice é de 17,3%, abaixo da média nacional. Os dados constam no Censo Escolar 2024, divulgado nesta terça-feira (9).

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Mato Grosso do Sul se destaca no atendimento integral em creches, com 63,3% das crianças de 0 a 3 anos em jornada ampliada, mas apresenta baixos índices nas demais etapas da educação básica. Apenas 5,3% das crianças da pré-escola e 17,3% dos alunos do ensino médio estão em tempo integral, abaixo da média nacional. O Censo Escolar 2024 revela que 69,2% dos professores da rede estadual têm contratos temporários. O estado possui a terceira maior quantidade de matrículas em escolas indígenas do Brasil. A taxa de distorção idade-série no 6º ano do ensino fundamental subiu para 23% em 2024.

A média brasileira de tempo integral no ensino médio é de 24,2%, puxada por estados como Pernambuco (69,6%) e Ceará (54,6%). Mato Grosso do Sul ocupa a 17ª colocação entre as 27 unidades da federação, segundo o gráfico 36 da pesquisa.

Na rede pública de ensino fundamental, o percentual de matrículas em tempo integral é de 11,6% no estado. O índice está abaixo da média nacional (19,1%) e reforça a baixa cobertura fora da etapa das creches.

O levantamento mostra que, no ensino fundamental, apenas 1 em cada 9 estudantes da rede pública em Mato Grosso do Sul estuda em tempo integral. Estados como Ceará (54,9%) e Piauí (44,7%) apresentam desempenho muito superior.

Estado se destaca em vagas integrais, mas falha na pré-escola e ensino médio
Escola Estadual integram Emygdio Campos Widal, em Campo Grande (Foto: Divulgação)

Outros dados - Outro dado de destaque do Censo é a situação funcional dos professores. Na rede estadual, apenas 28,8% dos docentes têm vínculo efetivo. A maioria (69,2%) trabalha sob contrato temporário, enquanto 2,0% são terceirizados.

Na rede municipal, 39,3% dos professores são concursados. Já 54,6% atuam com contratos temporários e 6,1% via terceirização — uma das maiores taxas do país. Os dados constam nos gráficos 68 e 69 da apresentação oficial.

Educação indígena - O Censo aponta que Mato Grosso do Sul tem 23.196 matrículas em escolas indígenas, a terceira maior quantidade do Brasil, atrás apenas de Amazonas e Roraima. O estado também registra 1.081 alunos em comunidades quilombolas e 12.704 em áreas de assentamento.

Na educação especial, o estado apresenta índices elevados de inclusão em turmas regulares. São 89,4% na educação infantil, 87,6% no ensino fundamental e 100% no ensino médio, segundo o gráfico 59 do levantamento.

Matrículas e distorção idade-série - O número de matrículas na pré-escola cresceu 0,2% entre 2023 e 2024 em Mato Grosso do Sul. O dado representa estabilidade e coloca o estado ligeiramente acima da média nacional, que teve queda de 0,6%.

Já a taxa de distorção idade-série no 6º ano do ensino fundamental subiu em relação a 2023. O índice, que havia caído de 29,5% em 2019 para 22,0% em 2023, voltou a subir e fechou 2024 em 23,0%. O número indica que quase 1 em cada 4 alunos da etapa está fora da idade ideal para a série.

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