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Cidades

"Estamos em choque", diz subcomandante sobre policiais encontrados mortos

Jorge Saito foi encontrado com dois tiros no peito, em SP, e esposa, dentro de caminhonete em MS

Dayene Paz | 20/06/2023 10:30
Mulher foi encontrada dentro de camionete. (Foto: Henrique Kawaminami)
Mulher foi encontrada dentro de camionete. (Foto: Henrique Kawaminami)

"Estamos em choque". Assim definiu o subcomandante da Polícia Militar de Bataguassu, Wellington Luiz, sobre a morte dos colegas: Cássia Silva Machado, 32 anos, e Jorge Augusto Rivarola Saito, 36. Ambos foram encontrados mortos a tiros, na manhã desta terça-feira (20), sendo o homem na residência do casal, em Presidente Epitácio (SP) - que faz divisa com Bataguassu - e Cássia dentro de uma caminhonete, em uma estrada rural de Campo Grande.

O subcomandante explicou que o casal entraria nesta terça no plantão da 7ª Companhia Independente de Polícia Militar, em Bataguassu, onde estavam atuando desde o início deste ano. "Ficamos preocupados e fomos atrás para saber. Infelizmente localizamos ele ferido", explicou. O socorro foi acionado, mas Saito já estava morto.

Ao mesmo tempo, os policiais ficaram sabendo que em Campo Grande, Cássia foi achada morta. O corpo estava dentro da caminhonete do casal, uma Nissan Frontier, na estrada que dá acesso ao Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, presídio que fica na área rural de Campo Grande. Ela estava ferida por tiro na cabeça.

A corporação lamentou o ocorrido e está abalada. Saito trabalhava na patrulha e Cássia fazia atendimento interno. "Está todo mundo abalado, triste, consternado", pontua Luiz. "A gente não percebeu nenhum sinal para, de alguma forma, auxiliar, como nós fazemos internamente no sistema", completou o subcomandante.

Viaturas da PM de São Paulo em frente de casa de policial (Foto: Cenário MS)
Viaturas da PM de São Paulo em frente de casa de policial (Foto: Cenário MS)

Luto - Nas sociais, a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul publicou nota de pesar e afirmou que lamenta a perda "desses excelentes profissionais". A corporação diz ainda que se solidariza e manifesta "as mais sinceras condolências" aos familiares e amigos do casal "rogando a Deus que conforte seus corações".

Investigação - Cássia e Saito eram cabos, lotados em Bataguassu, que fica a 36 km de Presidente Epitácio, onde moravam. Ingressaram no mesmo ano na Polícia Militar, em 2015. Conforme registro de dependentes da PM, Cássia deixa dois filhos menores de idade, de outros relacionamentos, o mais velho com 3 e caçula de 1 ano de idade. Jorge aparece oficialmente com 2 filhos também nos registros da polícia, de 13 e de 11 anos.

A investigação começa agora, mas de acordo com o major Adolf Hoffmann, ao que tudo indica, a mulher matou o policial no imóvel do casal, com dois tiros no peito e, na sequência, se deslocou até Campo Grande e tirou a própria vida com tiro na cabeça, na estrada da Gameleira.

Os corpos estavam em distância de cerca de 350 quilômetros, o que indica uma viagem de cerca de 4 horas. "Ao que tudo indica foi um suicídio”, explica o major sobre Cássia. O oficial lamenta o ocorrido. “Fato trágico, todos os colegas de corporação relatam que ambos eram pessoas muito humanas, é muito triste”.

De acordo com a delegada Rafaela Lobato, da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), as polícias de Mato Grosso do Sul e de São Paulo estarão integradas durante as investigações. “Aparentemente, ambos os casos tem relação. Aqui há indícios de suicídio, mas vamos averiguar se há alguma intercorrência que possa levar a outro crime. Havia um orifício de entrada e saída no crânio dela, da própria arma dela. Não sabemos ainda se a arma utilizada nas duas situações é a mesma. Possivelmente ele faleceu antes dela”.

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