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Cidades

Falta de testes rápidos atrasa diagnósticos em 1 dia

Lacen consegue realizar apenas 30 exames ao dia

Lucia Morel | 22/03/2020 15:19
Resultado de exames realizados atualmente demoram de 24 a 72 horas; com teste rápido, sairia em questão de minutos (Foto: Divulgação SES)
Resultado de exames realizados atualmente demoram de 24 a 72 horas; com teste rápido, sairia em questão de minutos (Foto: Divulgação SES)

A falta de testes rápidos para identificação de pessoas infectadas pelo coronavírus atrasa em pelo menos um dia a confirmação de casos da doença. Isso porque tal equipamento dá o diagnóstico em minutos e o kit usado atualmente demora de 24 a 72 horas para dar o resultado.

Assim, o Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) se vira como pode e realiza 30 testes diários, cujo resultado tem saído em até 24 horas, segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde). Mais rápido que o prazo máximo de 72 horas. E ainda assim, somente em pacientes graves. O teste rápido poderia ser feito em toda população, como orienta a OMS (Organização Mundial de Saúde).

O governo federal anunciou esta semana a compra de 10 milhões de testes rápidos, sendo que metade deve ser distribuída aos estados ainda nesta semana, conforme a promessa federal. Ainda não se sabe quantos devem ser enviados a Mato Grosso do Sul.

No entanto, a SES informou que tais equipamentos vêm de fora do Brasil e só devem chegar dentro de uma semana. “Os testes rápidos adquiridos pelo ministério ainda não chegaram no Brasil. Deve demorar entra 07 a 10 dias”, informou a pasta.

Os atuais kits de teste foram distribuídos pelo Ministério da Saúde, mas em número reduzido: apenas 27 mil para todo País.

Segundo o secretário de saúde estadual, Geraldo Resende, enquanto não há o alcance adequado, o Estado tenta encontrar alternativas para aquisição dos kits, e como a pasta já anunciou, prevê a compra de 200 kits de testes de coronavírus que vão possibilitar a realização de 10 mil exames.

REDE PRIVADA – Além da escassez dos kits e ausência dos testes rápidos, outro problema enfrentado no diagnóstico da doença e que a rede particular também está sem tais equipamentos.

A integrante do COE (Comitê de Operações de Emergência) do governo do Estado, a médica infectologista Mariana Croda, explica que quando os primeiros casos surgiram em Mato Grosso do Sul, a rede privada ajudava, “mas rapidamente os kits se esgotaram devido a grande demanda e não há previsão de quando devem retornar”, contou.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem defendido sistematicamente a testagem em massa da população de cada país. O objetivo seria rastrear a origem das infecções, como foi feito na China, e dimensionar a extensão do problema, bem como antecipar o isolamento de casos confirmados.

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