"Frio na barriga passou", diz Riedel ao ver interessados na Rota da Celulose
Ministro dos Transportes, Renan Filho, estará presente no B3 durante leilão em São Paulo
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), disse que o “frio na barriga já passou” após a confirmação de quatro grupos interessados no leilão da Rota da Celulose, que será realizado nesta quinta-feira (8), às 13h (horário local), na sede da B3, em São Paulo. A concessão envolve mais de 870 quilômetros de rodovias federais e estaduais no Estado, com previsão de R$ 10 bilhões em investimentos.
RESUMO
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Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, demonstra otimismo com leilão da Rota da Celulose após confirmação de quatro grupos interessados. A concessão, que envolve mais de 870 quilômetros de rodovias estaduais e federais, prevê investimentos de R$ 10 bilhões e será leiloada nesta quinta-feira na B3, em São Paulo. O ministro dos Transportes, Renan Filho, estará presente. O projeto inclui trechos das rodovias MS-040, MS-338, MS-395, BR-262 e BR-267, com 30 anos de concessão para recuperação, operação e ampliação das vias. São previstos R$ 6,9 bilhões em obras e R$ 3,2 bilhões em custos operacionais. Entre os concorrentes estão Way/Kinea, XP, BTG Pactual e K-Infra. O vencedor poderá operar a partir do segundo semestre.
A abertura das propostas foi feita na segunda-feira (6), encerrando a fase de incertezas. “Muito positivo. Quatro grandes grupos vão participar. Isso para o usuário, em última análise, é muito bom. Já passou o frio na barriga porque as propostas foram colocadas, então vai ter leilão”, afirmou o governador.
Além da presença confirmada do ministro dos Transportes, Renan Filho, o evento contará com transmissão ao vivo pela TV B3.
Rodovias e valores - O projeto abrange trechos das rodovias estaduais MS-040, MS-338 e MS-395 e das federais BR-262 e BR-267. O contrato terá validade de 30 anos e prevê a recuperação, operação e ampliação das vias. Estão previstos 146 km de duplicação, além de obras de manutenção e conservação.
O investimento total é estimado em R$ 6,9 bilhões em obras e R$ 3,2 bilhões em custos operacionais, somando aproximadamente R$ 10 bilhões. É a segunda tentativa de conceder o lote. No primeiro leilão, realizado em dezembro de 2024, não houve interessados.
Desta vez, o governo alterou parâmetros técnicos e aumentou a taxa interna de retorno para atrair os investidores. O formato de pedágio com cobrança automática (free flow) foi mantido, mas com ajustes no modelo de remuneração e exigências financeiras.
Riedel ressaltou que a unificação de trechos federais e estaduais em um único lote foi decisiva para viabilizar a concessão. “Grandes empresas estão se unindo em torno dessa rota”, pontuou. O projeto é considerado estratégico para o escoamento de celulose produzida em Três Lagoas e na futura fábrica da Arauco em Inocência.
Quem disputa?
Way/Kinea: já opera a Way-306 em MS e venceu recentemente a concessão da Rota do Zebu, em Minas. A Kinea é gestora de recursos ligada ao Itaú Unibanco, com R$ 73,7 bilhões sob gestão.
XP: a corretora tem ampliado atuação em infraestrutura e participou de projetos como Rota Verde (GO) e Rota dos Cristais (MG-GO).
BTG Pactual: maior banco de investimentos da América Latina, com ativos de cerca de US$ 114 bilhões. Em 2024, teve lucro líquido de R$ 12,3 bilhões.
K-Infra (KKR Infrastructure): braço da gestora americana KKR para ativos de infraestrutura. Apesar de enfrentar problemas na Rodovia do Aço (RJ), segue ativa no setor e disputou concessões no Mato Grosso.
O consórcio vencedor poderá começar a operar já no segundo semestre, após a assinatura do contrato.