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Cidades

Golpistas se passaram por banco e desviaram R$ 1 mi de atletas como Gabigol

Em Campo Grande, instituição financeira alvo de quadrilha teve prejuízo de R$ 250 mil

Por Dayene Paz e Bruna Marques | 29/09/2025 11:54
Golpistas se passaram por banco e desviaram R$ 1 mi de atletas como Gabigol
Primeiro delegado, Pedro Pillar, no meio, Reginaldo Salomão, e por último, Roberto Guimarães, durante coletiva de imprensa. (Foto: Marcos Maluf)

A quadrilha ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), alvo de operação policial, conseguiu desviar quase R$ 1 milhão de jogadores de futebol da Série A por meio de um esquema sofisticado de portabilidade salarial. O golpe, revelado nesta segunda-feira (29) durante coletiva em Campo Grande, foi o braço mais lucrativo da organização criminosa conhecida como “Tropa de Cuiabá”, alvo da Operação Euterpe.

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Uma quadrilha ligada ao PCC desviou cerca de R$ 1 milhão de jogadores de futebol da Série A através de um esquema de portabilidade salarial. O grupo, conhecido como "Tropa de Cuiabá", se passava por representantes bancários e direcionava os salários dos atletas para contas controladas pelos criminosos. Entre as vítimas estão Gabriel Barbosa (Gabigol) e Walter Kannemann. A organização também causou prejuízo de R$ 250 mil a uma instituição financeira de Campo Grande e ostentava seus crimes através de músicas de funk nas redes sociais. Oito integrantes foram presos durante a Operação Euterpe.

De acordo com os delegados Reginaldo Salomão, Pedro Pillar Cunha e Roberto Guimarães, os criminosos se passavam por representantes bancários e conseguiram portabilidade dos salários. Assim, os vencimentos milionários de atletas foram direcionados para contas abertas pelos golpistas, sem que os jogadores percebessem de imediato.

“Eles criaram toda uma engenharia social, com documentos, contatos e um falso respaldo institucional”, explicou o delegado Pedro Pillar Cunha.

A investigação aponta que o golpe garantiu cerca de R$ 1 milhão em prejuízo aos atletas, incluindo nomes de destaque como Gabriel Barbosa, o Gabigol, e Walter Kannemann, do Grêmio. O dinheiro, segundo a polícia, abastecia o caixa da facção para financiar tráfico de drogas, armas e outros delitos.

O mesmo grupo também é apontado como responsável por causar um rombo de R$ 250 mil a uma instituição financeira de Campo Grande, alvo inicial da investigação.

Música como vitrine - Para além das fraudes, a quadrilha ostentava os crimes em músicas de funk publicadas nas redes sociais. Um dos presos é cantor e criava letras que citavam diretamente os golpes e os valores desviados. Segundo os delegados, o objetivo era glamourizar o crime e atrair novos comparsas.

Operação Euterpe - Na última sexta-feira (26), as polícias civis de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso cumpriram 8 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande. Até agora, 11 integrantes foram identificados, sendo 8 presos. Muitos já têm extenso histórico criminal em diferentes estados.

O nome da operação faz referência à deusa grega da música, em alusão ao funk usado como vitrine para os crimes.

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