Golpistas se passaram por banco e desviaram R$ 1 mi de atletas como Gabigol
Em Campo Grande, instituição financeira alvo de quadrilha teve prejuízo de R$ 250 mil

A quadrilha ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), alvo de operação policial, conseguiu desviar quase R$ 1 milhão de jogadores de futebol da Série A por meio de um esquema sofisticado de portabilidade salarial. O golpe, revelado nesta segunda-feira (29) durante coletiva em Campo Grande, foi o braço mais lucrativo da organização criminosa conhecida como “Tropa de Cuiabá”, alvo da Operação Euterpe.
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Uma quadrilha ligada ao PCC desviou cerca de R$ 1 milhão de jogadores de futebol da Série A através de um esquema de portabilidade salarial. O grupo, conhecido como "Tropa de Cuiabá", se passava por representantes bancários e direcionava os salários dos atletas para contas controladas pelos criminosos. Entre as vítimas estão Gabriel Barbosa (Gabigol) e Walter Kannemann. A organização também causou prejuízo de R$ 250 mil a uma instituição financeira de Campo Grande e ostentava seus crimes através de músicas de funk nas redes sociais. Oito integrantes foram presos durante a Operação Euterpe.
De acordo com os delegados Reginaldo Salomão, Pedro Pillar Cunha e Roberto Guimarães, os criminosos se passavam por representantes bancários e conseguiram portabilidade dos salários. Assim, os vencimentos milionários de atletas foram direcionados para contas abertas pelos golpistas, sem que os jogadores percebessem de imediato.
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“Eles criaram toda uma engenharia social, com documentos, contatos e um falso respaldo institucional”, explicou o delegado Pedro Pillar Cunha.
A investigação aponta que o golpe garantiu cerca de R$ 1 milhão em prejuízo aos atletas, incluindo nomes de destaque como Gabriel Barbosa, o Gabigol, e Walter Kannemann, do Grêmio. O dinheiro, segundo a polícia, abastecia o caixa da facção para financiar tráfico de drogas, armas e outros delitos.
O mesmo grupo também é apontado como responsável por causar um rombo de R$ 250 mil a uma instituição financeira de Campo Grande, alvo inicial da investigação.
Música como vitrine - Para além das fraudes, a quadrilha ostentava os crimes em músicas de funk publicadas nas redes sociais. Um dos presos é cantor e criava letras que citavam diretamente os golpes e os valores desviados. Segundo os delegados, o objetivo era glamourizar o crime e atrair novos comparsas.
Operação Euterpe - Na última sexta-feira (26), as polícias civis de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso cumpriram 8 mandados de prisão temporária e 15 de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande. Até agora, 11 integrantes foram identificados, sendo 8 presos. Muitos já têm extenso histórico criminal em diferentes estados.
O nome da operação faz referência à deusa grega da música, em alusão ao funk usado como vitrine para os crimes.
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