Governo está preocupado com aumento de casos na Capital, diz Riedel
Secretário disse que se for preciso tem que ser aplicado "lockdown" nos municípios

O secretário estadual de Governo, Eduardo Riedel, afirmou que o aumento de casos e mortes por covid-19 em Campo Grande preocupa o governo estadual, principalmente em relação a ocupação de leitos na cidade, que já ultrapassou os 90%. Ele ressaltou a importância de reduzir os locais com grande circulação e aglomeração de pessoas.
“Estamos acompanhando o painel sanitário do Estado e os dados nos preocupam, principalmente a Capital, que teve grande número de casos e mortes. Precisa reduzir as atividades de maior aglomeração neste momento crítico”, disse o secretário, durante live da sua residência, já que está de quarentena.
Ele reafirmou que a decisão de restringir atividades é das prefeituras, por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), e que o governo ajuda no respaldo técnico e em ações para melhorar a estrutura de saúde. “Não vamos terceirizar a responsabilidade, somos parceiros dos municípios, não estamos medindo esforços”.
Riedel ponderou que as medidas restritivas têm a função de conter a expansão do vírus, no entanto destaca que se for preciso realizar o “lockdown”, ele deve ser aplicado para conter esta disseminação.
Também mandou recado aos gestores públicos, sobre as decisões que precisam tomar neste momento. “Não se pode agir agora pela emoção ou em função de ano eleitoral, por causa de politicagem e sim com foco em priorizar saúde pública”, declarou.
Leitos – Riedel voltou a citar que em parceria com a Capital, foram ampliados 15 leitos no Hospital do Pênfigo, 10 na Santa Casa e mais 10 eu serão habilitados no Hospital Universitário. “Estamos melhorando a estrutura, mas não tem sido suficiente para dar vazão a demanda de casos”.
Sobre os leitos na Capital, também reafirmou que 90% estão ocupado por pacientes do município e apenas 10% do interior do Estado. “Eles (interior) têm até colaborado com Campo Grande, no envio de equipamentos para Capital, como os respiradores”.