Ligado ao ET Bilu, empresário "vende" convênio vencido com governo de SP
O objetivo era viabilizar o Peabiru, uma rede de trilhas indígenas que liga o litoral paulista ao Peru

O Ecossistema Dakíla, mais conhecido como “Grupo do ET Bilu” e fundado pelo empresário Urandir Fernandes de Oliveira, usou convênio já cancelado com o governo de São Paulo para fazer contato com as prefeituras de Cananéia e São Vicente. O objetivo era viabilizar o Peabiru, uma rede de trilhas indígenas que liga o litoral de São Paulo ao Peru. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo.
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Em junho de 2024, a Dakila assinou um protocolo de intenções com a gestão de Tarcísio de Freitas, por meio da Setur (Secretaria de Turismo), que não previa repasses financeiros. Mas a parceria foi cancelada seis meses depois, no dia 30 de dezembro.
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De acordo com a Prefeitura de São Vicente, o grupo esteve na cidade em março de 2025 e se apresentou como tendo um convênio com a Secretaria de Turismo. Porém, o acordo com o governo de São Paulo já tinha sido cancelado.
A Secretaria de Turismo de São Paulo informou, que quanto "ao uso indevido da marca, a pasta adotará as medidas administrativas e legais cabíveis".
Urandir postou em uma rede social o pedido para que a imprensa deixe o Ecossistema Dakíla em paz. “Vocês param de utilizar Dakila para atacar outras instituições”.
O Grupo Dakíla ficou conhecido nos últimos anos por divulgar a suposta localização de Ratanabá, civilização de 450 milhões de anos que teria sido soterrada na Amazônia, segundo relatos do próprio Urandir e seus seguidores.
Atualmente, o grupo lidera a revitalização do Centro Comercial Condomínio Terminal Oeste, antigo prédio da rodoviária de Campo Grande. O projeto é orçado em R$ 50 milhões.
Por meio de nota, a Dakila esclareceu que nenhum recurso público foi repassado e que todas as pesquisas sobre o Caminho de Peabiru foram realizadas com recursos próprios. Ainda segundo o texto, o protocolo, solicitado pelo governo, tinha como objetivo fornecer conhecimento científico e apoio ao turismo, e não envolveu contrapartidas financeiras.
A associação também repudiou a forma como a reportagem apresentou o trabalho, afirmando que houve distorção dos fatos e ataque à pesquisa independente, reafirmando seu compromisso com a ciência livre e transparente.
*Matéria atualizada às 21h13 do dia 5 de outubro para incluir o posicionamento da Dakila
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