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Cidades

Ministro interino demite coordenador do Distrito de Saúde Indígena do Estado

Eldo Elcidio Moro foi removido do cargo antes mesmo de completar um ano à frente dele

Jones Mário | 10/08/2020 09:42
Eldo Elcidio Moro, agora ex-coordenador do Dsei Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/CRO-MS)
Eldo Elcidio Moro, agora ex-coordenador do Dsei Mato Grosso do Sul (Foto: Divulgação/CRO-MS)

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, demitiu Eldo Elcidio Moro do cargo de coordenador do Dsei (Distrito Sanitário Especial Indígena) Mato Grosso do Sul.

A exoneração foi publicada na edição de hoje do DOU (Diário Oficial da União). Moro disse à reportagem que iria “conversar” para saber o que levou à decisão. Depois, retornou ligação e afirmou que já estava afastado por causa de problema de saúde, e agora vai se dedicar a projetos pessoais. Segundo ele, o servidor de carreira Luiz Antônio fica no comando do Dsei.

Historiador formado pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), com especialização em Artes na Educação Escolar e Gestão do Trabalho Pedagógico, Moro estava à frente do Dsei desde outubro do ano passado. Sua posse não agradou indígenas, que chegaram a ocupar a sede do distrito em protesto.

Um mês antes, o historiador havia sido nomeado para a superintendência do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) no Estado, mas teve nomeação revogada dias depois.

A reportagem questionou o ministério da Saúde sobre o motivo para a demissão de Eldo Moro, também sobre quem assume o posto, mas não houve resposta até a publicação desta matéria.

Coronavírus - O Dsei, vinculado a Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), é o responsável pelas ações em Saúde para os 80,8 mil indígenas de Mato Grosso do Sul. O maior desafio hoje é frear o contágio pelo novo coronavírus nas aldeias.

Segundo dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde), 1.403 indígenas já foram contaminados pela covid-19. Até agora, 29 deles morreram.

O quadro mais grave se concentra em Aquidauana, com 427 casos confirmados entre indígenas e 13 óbitos.

Miranda também preocupa, com 182 ocorrências entre povos tradicionais e três mortes pela doença.

*matéria alterada às 10h20 para acréscimo de informações após retorno de Eldo Elcidio Moro.

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