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Cidades

Mortes por gripe e chegada do frio elevam alerta em MS, afirma secretário

Após campanhas e com 24 mortes, titular da SES pede que população tome providências para evitar a disseminação da Influenza

Humberto Marques | 19/06/2019 17:32
Segundo Geraldo, governo fez sua parte ao oferecer vacinação e informações e, agora, precisa da colaboração da população. (Foto: Kísie Ainoã)
Segundo Geraldo, governo fez sua parte ao oferecer vacinação e informações e, agora, precisa da colaboração da população. (Foto: Kísie Ainoã)

A confirmação de que Mato Grosso do Sul já teve 24 mortes confirmadas em decorrência da Influenza levou a SES (Secretaria de Estado de Saúde) a alertar a população para que tome providências para se proteger do vírus da gripe, principalmente nos meses de junho e julho –entre o fim do outono e início de inverno, período mais frio e seco e que favorece a circulação do vírus. Isso porque, como frisou o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, os principais cuidados para evitar que o vírus se espalhe cabe, agora, às pessoas.

“Quanto a Influenza, a Saúde Pública fez o seu dever. Foi feita a campanha nacional (de vacinação) para os grupos de risco nos Estados, fizemos esforços de orientação e qualificação de servidores municipais e a convocação aos secretários. Nossa meta era de, pelo menos, repetir os números da campanha anterior, superando a meta de 90% de imunização”, destacou o secretário em entrevista ao Campo Grande News.

Geraldo reforça que, mesmo com convocações das autoridades de saúde, integrantes dos grupos de risco deixaram de ir às unidades de saúde se imunizar “e conseguimos chegar próximo da meta. Depois, com o Ministério da Saúde liberando (as vacinas) para a população em geral, acabamos com os estoques de vacina”.

O problema, na avaliação do secretário, é que há um grupo muito grande da população –prioritariamente mais jovem–, que “não conhecem o que vivemos no passado e dão pouca importância à vacinação”. Esse “desleixo” em relação à própria saúde, prosseguiu, abre caminho para que os vírus da gripe (incluindo o H1N1, H3N2 e o Influenza B, tipologias em circulação neste ano) e outros circulem com mais facilidade.

“Infelizmente isso faz com que tenhamos o número de casos que poderíamos ter evitado”, destacou.

Cuidados – Geraldo Resende avalia que, mesmo após as campanhas de vacinação –realizadas antecipadamente para que os sistemas imunológicos possam reagir ao vírus e estejam prontos para o combater nos períodos de alta nos casos–, os meses de junho e julho ainda podem registrar aumento no número de casos de gripe, o que deve servir, também, para alertar os integrantes de grupos de risco a se imunizarem na campanha de 2020.

Já com os vírus em condições favoráveis de circulação, o secretário alerta que a alternativa é para que sejam tomados cuidados básicos “que, de forma geral, já são bastante conhecidos”, como o uso de álcool em gel para limpar as mãos, evitar aglomerações. “Para a Saúde Pública, não há outra forma de intervenção que não seja dar mais divulgação e orientação, a Educação de Saúde para a população fazer a sua prevenção”.

Tais cuidados vão ajudar a evitar a corrida às unidades de saúde que, em geral, já enfrentam superlotações por outras doenças e, principalmente, traumas decorrentes do trânsito, lembrou Geraldo. “Isso fará com quem uma estrutura que já sofre com o grande fluxo de pessoas fique ainda mais sobrecarregada”, advertiu.

O secretário reiterou que tais questões envolvem não apenas a gripe, como “várias outras doenças que tem registrado aumento de casos após as termos controlado, como o sarampo, decorrente de casos importados”. Para ele, o avanço desses males é resultado do “descuido” da população com a imunização ou a prevenção –sendo que, no primeiro caso, movimentos como os que contestam a eficácia de vacinas causam preocupação.

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