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Cidades

Número triplica em 14 dias e MS tem 1.547 profissionais de saúde infectados

De acordo com sindicato, dos 222 médicos com a doença, 171 são de Campo Grande

Anahi Zurutuza | 08/07/2020 17:35
Apesar dos apelos de todos os lados, inclusive de campanha feita no início da pandemia por profissionais de saúde, baixa taxa de isolamento fez número de casos explodir (Foto: Facebook/Reprodução)
Apesar dos apelos de todos os lados, inclusive de campanha feita no início da pandemia por profissionais de saúde, baixa taxa de isolamento fez número de casos explodir (Foto: Facebook/Reprodução)

Em 14 dias, o número de profissionais de saúde infectados com o novo coronavírus triplicou. No dia 24 de junho, eram 570 casos positivos dentre os que estão na linha de frente do combate à covid-19.

Hoje, já são 1.547, conforme boletim divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), 29 deles trabalham no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), referência no atendimento aos pacientes com a doença em Campo Grande.

“São auxiliares, técnicos e enfermeiros, médicos e fisioterapeutas. Desde colher material para o teste ao novo coronavírus até o momento da alta hospitalar, são eles que estão diuturnamente em contato com os pacientes infectados, são eles também os mais propensos a se contaminarem e levar para fora do hospital a covid-19”, detalha a diretora-presidente do Hospital Regional, Rosana Leite de Melo.

O Sinmed-MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul) também divulgou hoje que de 222 médicos com a doença, 171 são de Campo Grande.

Via assessoria de imprensa, o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, voltou a dizer que a aceleração da curva, inclusive a de contágio de profissionais de saúde, que começaram a ficar sobrecarregados com o número cada dia maior de pacientes internados, é resultado do baixo isolamento social.

Malory Melo faleceu aos 54 anos, vítima de covid-19 em Dourados (Foto: Facebook/Reprodução)
Malory Melo faleceu aos 54 anos, vítima de covid-19 em Dourados (Foto: Facebook/Reprodução)

“Todos os dias eu afirmo que iremos colher o resultado do não cumprimento do isolamento social por parte da população sul-mato-grossense e agora estamos aqui com esta situação lamentável. Os heróis da saúde precisam da colaboração de todos e, por isso, não me canso de dizer: fiquem em casa para que quem precisa trabalhar nessa guerra consiga fazer isso com um pouca mais de tranquilidade”, afirma o chefe da SES.

Mortes - No dia 13 de junho foi registrada a primeira morte de profissional da linha de frente. A auxiliar de enfermagem Malory Melo, 54, morreu em Dourados, a 233 km de Campo Grande. Ela foi a 2ª morte na região em menos 24 horas e 30ª vítima da covid-19 em Mato Grosso do Sul.

Miguel Yoneda, 74 anos, foi o primeiro médico a morrer por causa da covid-19. Miguelito, como ele gostava de ser chamado, morreu na madrugada do dia 1º de julho, no HU (Hospital Universitário) de Dourados.

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