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Cidades

Prefeitura suspende até abril atividades nos centros de convivência de idosos

Os quatro CCIs atendem 2,7 mil idosos em Campo Grande; letalidade entre mais velhos por coronavírus justificou decisão

Silvia Frias e Lúcia Morel | 16/03/2020 11:00
Prefeito foi ao CCI Vovó Ziza para explicar a suspensão das atividades (Foto: Lúcia Morel)
Prefeito foi ao CCI Vovó Ziza para explicar a suspensão das atividades (Foto: Lúcia Morel)

A partir de hoje até 6 de abril, os quatro CCIs (Centro de Convivência do Idoso) de Campo Grande, estarão fechados e com atividades suspensas. O anúncio feito pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD), no CCI Vovó Ziza, no Tiradentes, como forma de prevenção ao coronavírus e atinge a rotina de 2.723 frequentadores.

Marquinhos foi ao centro esta manhã e conversou com cerca de 100 pessoas que estavam no CCI, entre frequentadores e funcionários. No discurso, o prefeito pediu que eles fiquem em casa e não peguem ônibus. “Todo mundo tem tomado medidas excepcionais contra coronavírus e, por isso, a medida de restringir as atividades”.

A prefeitura mantém quatro CCIs na cidade: além do Vovó Ziza, o Elias Lahdo, no Monte Castelo, Edmundo Scheuneman, na Piratininga e o Jacques da Luz, na Moreninha III.

Uma das frequentadoras perguntou “O que vamos fazer em casa?”. O prefeito disse que as medidas estão sendo tomadas justamente para proteger os idosos, já que a maioria de registro de morte por coronavírus pelo mundo atinge pessoas com idade acima de 60 anos.

Marquinhos acrescentou: “todo mundo aqui já é adulto para tomar as próprias decisões; cautela, caldo de galinha e precaução nunca fazem mal a ninguém”.

A aposentada Julieta Shibuya, 74 anos, frequenta o CCI Vovó Ziza há oito anos e não havia presenciado fechamento das atividades, mas aprovou a decisão. “Não tem como ir em local que tem muita gente, tem que ficar em casa”.

A mesma opinião teve Rosa Nante, 71 anos, frequentadora assídua há seis anos. “Em casa já estou usando álcool em gela e lavando as mãos o tempo todo”.

Eliúde Andrade Cavalhieri, 72 anos, reconhece a importância da medida, embora considere um pouco alarmista. A preocupação, porém, é que nem tudo será fechado e, por isso, quem vai acabar ficando com as crianças serão os avós. “Teria que ser radical, suspender tudo”.

Mas a medida não foi unânime. Maria da Cunha Iglesias, 80 anos, disse que “isso tudo é alarde” e que ontem foi à igreja, frequenta por cerca de 700 pessoas, sem temor. “Pastor disse que Jesus é que vai curar, que não é para ter medo de nada”.

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