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Cidades

Projeto obriga Hino Nacional e volta da disciplina de OSPB em escolas de MS

Projeto foi aprovado em primeira votação e tem por objetivo o resgate de ações de civismo em escolas da rede pública

Silvia Frias e Clayton Neves | 23/05/2019 18:37
Projeto prevê hasteamento obrigatório da Bandeira Nacional (Foto/Arquivo:Gustavo Maia)
Projeto prevê hasteamento obrigatório da Bandeira Nacional (Foto/Arquivo:Gustavo Maia)

Projeto aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa institui “ações de resgate do civismo” nas escolas estaduais, entre elas, hasteamento da bandeira nacional e a volta das disciplinas de EMC (Educação Moral e Cívica) e OSPB (Organização Social e Política Brasileira).

Nas ruas, há quem acredite que a obrigatoriedade seja indício de normas ditatoriais ou, para outros, fatores importantes para o retorno dos bons costumes nas escolas.

O projeto é do deputado estadual Renan Contar (PSL) e ainda passará por segunda votação. Na justificativa, “há muito o que se fazer para resgatar o sentimento de nacionalidade” e ainda cita passagem da Bíblia: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso, não se desviará dele”.

Casal faz ressalvas ao projeto e enfatiza participação familiar (Foto: Clayton Neves)
Casal faz ressalvas ao projeto e enfatiza participação familiar (Foto: Clayton Neves)
Lucas diz que projeto "beira a ditadura" (Foto: Clayton Neves)
Lucas diz que projeto "beira a ditadura" (Foto: Clayton Neves)

O parlamentar avalia que é flagrante a falta de civismo entre os jovens e que isso se reflete na falta de identidade nacional, valores, amor e respeito ao País. A volta das disciplinas EMC e OSPB “preencherá lacuna educacional e a consolidação do caráter cívico, cultural, social e político das futuras gerações (...)”.

Opinião – O vendedor Isack Barbosa, 52 anos, lembrou que era obrigado a cantar o hino nacional na escola e que gostaria que o neto passasse pela experiência. Mas, apesar disso, acredita que não deve ser obrigatório. “Forçar, tornar obrigatório, não é democracia”.

O vendedor Rosângela da Silva Leão, 48 anos, disse que, se for para melhorar a educação, apoia, mas acha que hoje em dia as pessoas querem empurrar a responsabilidade para a escola. “Disciplina pode ajudar, mas tem que se espontânea”.

O auxiliar de escritório Lucas Ferreira da Silva, 20 anos, acha que um projeto como esse “reforça o militarismo nas escolas” e que há problemas mais importantes para os deputados discutirem nesse momento, como saúde, educação e segurança. “Para mim, isso já está beirando a ditadura”.

Para o taxista Jurandir dos Santos Dourados, 48 anos, é preciso voltar a cantar o Hino Nacional nas escolas e apoia o retorno das disciplinas. “Tem que ensinar o que presta para essas crianças, hoje em dias as pessoas não tem mais respeito”.

“Tem que ter temor e obediência”, disse o autônomo Cícero da Silva, 55 anos. “Hoje existe uma libertinagem e falta de respeito implantada nas escolas, tem que botar freio nessa gurizada”. Ele acredita que a falta de valores cívicos faz com que as pessoas se “inclinem para o mal”. (Colaborou Leonardo Rocha)

Jurandir apoia a medida e acha que hoje em dias as pessoas não tem respeito cívico (Foto: Clayton Neves)
Jurandir apoia a medida e acha que hoje em dias as pessoas não tem respeito cívico (Foto: Clayton Neves)
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