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Cidades

Reunião no MP encerra "briga" sobre vacinas da Janssen para a fronteira

A promotora Filomena não falou com a imprensa sobre a situação nem que medida será adotada pelo MP

Lucia Morel e Aletheya Alves | 01/07/2021 17:58
Secretário municipal José Mauro. (Foto: Paulo Francis)
Secretário municipal José Mauro. (Foto: Paulo Francis)

Sem judicialização e com aval do Ministério da Saúde. Reunião esta tarde na 32ª Promotoria de Justiça da Saúde, da promotora Filomena Fluminham definiu, em princípio, que os questionamentos sobre a destinação de 165,5 mil vacinas da Janssen para 13 municípios da fronteira se encerram por aqui.

Campo Grande, através do secretário municipal de saúde, José Mauro, manteve o descontentamento com a distribuição para estudo, mas deu de ombros. “É uma decisão do próprio PNI destinar essas vacinas pra uma pesquisa, né? Embora a gente entenda que deveria ser o contrário, no entanto. Há uma opinião divergente apenas”, sinalizou ao ser questionado se seria o caso de levar a situação para esfera judicial.

Na reunião, o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, mostrou aos presentes documento do PNI (Plano Nacional de Vacinação) destinando 165,5 mil doses da Janssen à fronteira. Outras 41.550 serão divididas proporcionalmente aos demais municípios de MS. Ao todo, são 207.050 doses.

“Tendo em vista o alto número de internações de pacientes, de contaminação acima de 30 anos... Isso poderia ser resolvido com esse lote de vacinas”, sustentou José Mauro, ressaltando que “é uma questão epidemiológica. Quem tá se contaminando é a cadeia produtiva, os pacientes acima de 30 anos, né?”, avaliou.

Conforme publicação do Diário Oficial do Estado, serão 14.550 doses da Janssen para a Capital. “Nós estamos com 42 (idade das pessoas que estão se vacinando). A gente deve chegar aí a 39 anos (com essas 14.550 doses), mas poderia ser uma realidade totalmente diferente”, pondera.

Para Geraldo Resende, secretário de saúde estadual, tanto Campo Grande quanto o restante do Estado “ganham substancialmente” com a vacinação praticamente em massa nas cidades de fronteira, já que será formado um “cinturão sanitário” que deverá impedir a disseminação de variantes do novo coronavírus nos demais municípios do Estado.

Amanhã, ele estará em Corumbá para lançamento do estudo e no sábado, em Ponta Porã, pelo mesmo motivo. Ainda no sábado, haverá inauguração de 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Amambai.

A promotora Filomena não falou com a imprensa sobre a reunião. Em contato com a assessoria de imprensa, a reportagem não obteve retorno.

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