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Cidades

Sobrevivente, Gilza agradece com os olhos policiais que a socorreram em acidente

Policiais estavam de serviço na região de Nova Alvorada e resolveram ir até casa das vítimas socorridas

Paula Maciulevicius Brasil | 02/08/2021 11:55
Policiais militares do Choque em visita à casa de Gilza. Da esquerda para a direita estão: Avyner, Vagner, Santana e Roberto, junto de Gilza e do marido Valdenir. (Foto: Divulgação)
Policiais militares do Choque em visita à casa de Gilza. Da esquerda para a direita estão: Avyner, Vagner, Santana e Roberto, junto de Gilza e do marido Valdenir. (Foto: Divulgação)

Depois de 24 dias do acidente que poderia ter sido fatal para Gilza Soares Lopes, de 33 anos, e Judevam Martins da Silva, de 30 anos, as vítimas receberam a visita dos policiais militares do Choque que prestaram os primeiros socorros logo após a batida.

O acidente aconteceu no dia 9 de julho, na BR-163, no distrito de Anhanduí, já perto da Capital. A batida foi entre um caminhão e uma ambulância de Nova Alvorada do Sul que transportava Gilza, e a irmã dela, Lucia de Azevedo, que morreu no acidente, além de um médico e do enfermeiro Judevam. O motorista da ambulância também morreu no local.

Os policiais estavam em missão pela região de Nova Alvorada do Sul, quando resolveram passar pela cidade para ver como as vítimas estavam. O reencontro aconteceu na manhã desta segunda-feira (2).

A primeira a receber a visita foi Gilza. Ela estava na ambulância na companhia da irmã Lúcia, que tratava de um câncer terminal e morreu no acidente. Com dificuldade de se comunicar, isso porque Gilza teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral) depois do acidente, ela agradeceu com o olhar aos policiais.

Nas poucas palavras que conseguiu pronunciar, como gratidão, Gilza se referiu a eles como "anjos da guarda".

Militares ao lado de Judevam, o enfermeiro que estava na ambulância na batida da BR-2163 também recebeu visita. (Foto: Divulgação)
Militares ao lado de Judevam, o enfermeiro que estava na ambulância na batida da BR-2163 também recebeu visita. (Foto: Divulgação)

O marido de Gilza, Valdenir Ribeiro, também agradeceu aos militares e ressaltou que se não fosse a rápida intervenção dos policiais, que passavam pelo local no momento do acidente, as chances de sobrevivência da esposa seriam mínimas.

O segundo a ser visitado foi o enfermeiro Judevam, que fazia parte da equipe médica e no momento do acidente havia sido arremessado no matagal, de onde foi resgatado pelos militares, em meio ao incêndio. Ele não só agradeceu como ficou feliz em rever os militares.

Para os policiais, foi uma alegria imensa ver a recuperação das vítimas diante do cenário do acidente. "É muito gratificante saber que conseguimos ajudar essas pessoas”, comentou o tenente Avyner Falcão Jaques.

Acidente aconteceu na BR-163, no dia 9 de julho, e matou duas pessoas. Motorista de ambulância e paciente que era transportada. (Foto: Paulo Francis)
Acidente aconteceu na BR-163, no dia 9 de julho, e matou duas pessoas. Motorista de ambulância e paciente que era transportada. (Foto: Paulo Francis)

No dia do acidente, 9 de julho, a ambulância onde estavam Gilza, a irmã, Judevam, o médico e o motorista bateram de frente com um caminhão na BR-163. Foram dois mortos e quatro feridos.

Gilza ficou presa pelo cinto de segurança, de ponta cabeça, com o corpo coberto de combustível e  sem conseguir respirar. "Se não tivéssemos tirado ela imediatamente do veículo, suas chances de sobrevivência seriam menores", explicou o cabo Roberto Guimarães Vieira.

No momento do acidente, os policiais do Batalhão de Choque estavam indo atender uma ocorrência em Anhanduí. Ao ver que as vítimas tinham sido arremessadas para o matagal e o caminhão já estava pegando fogo, os militares desceram da viatura e iniciaram o socorro, tendo em vista que o fogo se alastrava rapidamente, em direção às vítimas.

"Assim que avistamos o fogo se aproximando, o nosso único pensamento foi tentar socorrer aquelas pessoas e levá-las para um local seguro, até que as equipes de resgate chegassem", contou o soldado Augusto Miranda Santana.

Os primeiros socorros foram prestados pelos policiais militares, em seguida, chegaram o Corpo de Bombeiros, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a CCR/MS Via.

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