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Cidades

Tempo de duplicação de casos de covid-19 em MS cai de 28 para apenas 12 dias

No dia 30 de maio eram 1.418 infectados em Mato Grosso do Sul, hoje são 2.853

Lucia Morel | 11/06/2020 18:03
Ruas de Campo Grande também tem tido aumento de fluxo de pessoas, o que é um risco. (Foto: Silas Lima)
Ruas de Campo Grande também tem tido aumento de fluxo de pessoas, o que é um risco. (Foto: Silas Lima)

Com o avanço de casos de covid-19 em Mato Grosso do Sul, o número de dias para que a quantidade de casos confirmados dobre, caiu de 28 para 12 dias, segundo dados do Monitora Covid-19. No dia 30 de maio eram 1.418 infectados, hoje são 2.853. Os óbitos subiram de 20 para 25.

Verificar a velocidade com que a doença avança serve não apenas para monitorar, mas também para preparar os serviços de saúde para os atendimentos advindos desse aumento. Sistema Monitora Covid, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), faz a contagem de dias para duplicação de casos e óbitos em todo Brasil.

De acordo com o infectologista e pesquisador da Fiocruz e da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Júlio Croda, o aumento expressivo dos últimos dias era questão de tempo diante dos baixos índices de isolamento registrados em todo Estado. Leia mais aqui.

Para se ter uma ideia, ontem, 10 de junho, Mato Grosso do Sul apresentou o terceiro pior resultado de isolamento do Brasil – 34,89% -, perdendo apenas para os Estado de Goiás e Tocantins, com respectivamente 34,34% e 33,52% cada um.

Fonte: Monitora Covid
Fonte: Monitora Covid

“MS tem das menores taxas de isolamento do País e isso vem sendo falado há tempos e associado a isso, medidas de combate tendem a ser adotadas tardiamente, o que agrava a situação”, diz, citando especialmente, a região da Grande Dourados, atual epicentro do novo coronavírus no Estado.

Para o especialista, que já atuou naquela cidade, o município está demorando para adotar medidas de distanciamento social mais efetivas. Ele julga que grande parte do aumento expressivo de casos no Estado tem relação com aquela região.

“Nos últimos dias, tem havido aumento importante de casos em Dourados e região e na cidade, já não há mais leitos de UTI nos hospitais privados, então, a cidade precisa urgentemente que ações de distanciamento social sejam aplicadas”, afirma.

Ele explica que a adoção de regras mais duras de isolamento e distanciamento são necessárias para evitar a falta de leitos. “Estão muito lentos na tomada de decisões”, sentenciou, ao afirmar que colegas do município contam que a situação está saindo do controle.

Lá, a taxa de isolamento, ontem, era de 38,4% e em Campo Grande, 34%.

Testes – Sobre a quantidade de casos em Dourados estar tão alta ser resultado da grande quantidade de testes aplicados, como justificou a prefeitura da cidade, Croda comenta que isso não parece ser real, porque senão isso se refletiria na testagem realizada nos drive thrus.

Lá em Dourados, 25,8% dos testes realizados nessa modalidade dão positivo, o que mostra uma taxa considerável de pessoas infectadas, ou seja, o vírus está circulando. Ele compara com Ca% e emmpo Grande, onde cerca de 5% dos testes feitos no drive thru são positivos para a doença.

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