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Cidades

Ação conjunta busca conscientizar sobre prevenção a acidentes de trabalho

Osvaldo Júnior | 15/04/2018 14:03
Quantidade acidentes é grande no setor da construção civil (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Quantidade acidentes é grande no setor da construção civil (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

A Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério do Trabalho e os Cerests (Centros de Referência em Saúde do Trabalhador) realizam, nesta segunda-feira (dia 16), ação de conscientização em obra de um edifício da Plaenge, na Rua Nova Era, no Jardim Bela Vista, em Campo Grande. A iniciativa faz parte da programação do Movimento Abril Verde, campanha nacional de prevenção de acidentes de trabalho e de doenças decorrentes da atuação profissional. 

Dados do CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), informados pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), mostram que foram notificados, no ano passado, 149 acidentes de trabalho e uma morte no setor da construção civil em Mato Grosso do Sul. Em 2016, não houve mortes e foram registrados 180 acidentes, 17% a menos que no ano anterior.

Ainda de acordo com o CAT, no biênio 2016/2017, foram registrados 329 acidentes em canteiros de obras de Mato Grosso do Sul, enquanto em 2012/2013 foram 485 acidentes, 32% a menos que no período anterior.

O juiz do trabalho Márcio Alexandre da Silva afirma que essa queda está ligada à crise econômica. "Em 2012, nós estávamos no auge da economia, o setor da construção civil aquecido, consequentemente, havia mais trabalhadores nos canteiros de obras e mais acidentes. Em razão dessa grande quantidade de acidentes houve uma fiscalização mais intensa no setor e isso explica a redução para 2016/2017, além da crise econômica que desaqueceu o setor".

Segundo o TRT, os homens na faixa etária de 18 a 24 anos são as maiores vítimas de acidente de trabalho em Mato Grosso do Sul. A construção civil é responsável pela maior parte dos acidentes de trabalho no país, mas os casos são subnotificados. "A construção civil é um setor reconhecidamente de grande informalidade, de modo que pedreiros e serventes costumam trabalhar sem vínculo empregatício em razão da rotatividade da mão de obra", conclui o juiz Márcio Alexandre.

Segundo dados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, entre 2012 e 2017, houve o registro de cerca de quatro milhões de acidentes, dos quais apenas 646 mil em média, por ano, envolveram trabalhadores formais. Como a subnotificação ainda é muito expressiva, os prejuízos podem ser maiores que os registrados. No mesmo período, a Previdência Social gastou mais de R$ 26 bilhões com benefícios acidentários.

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