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Cidades

Amiga ajudou assassino a degolar mulheres, a mando do namorado preso

Ana Maria Assis | 09/12/2010 12:26

Crime foi um dos mais bárbaros registrados em Campo Grande

Lorraine Rorys Silva, diarista, esteticista e acadêmica de Direito
Lorraine Rorys Silva, diarista, esteticista e acadêmica de Direito

Lorraine Rorys Silva, diarista, esteticista e acadêmica de Direito, é apontada pelas investigações policiais por facilitar a entrada dos dois assassinos na casa de Claudia de Araújo Mugnaini, que morreu junto da amiga Regina Bueno França.

As duas foram encontradas mortas no dia 1 de dezembro, no chão da casa de Claudia. Amordaçadas, com as mãos amarradas e com as marcas de faca no pescoço. A casa não tinha sinal nenhum de arrombamento, e os vizinhos não ouviram nada na noite do dia 30 de novembro, quando aconteceu o crime.

Conforme depoimentos de pessoas próximas das duas vítimas, Lorraine estava com raiva de Regina por ter “dedurado” o seu namorado, Éder Rampagne Castedo, à polícia, após ele ter quebrado o regime semi-aberto. Éder estava na casa de um amigo, segundo Lorraine, quando foi preso.

De dentro do Presídio de Segurança Máxima da Capital, Éder então, por telefone, mandou que seu irmão, Cristian Rampagne Castedo matasse as duas, enquanto que Lorraine teria facilitado o crime, como a entrada dele na casa, por ser amiga de Claudia. Outro suspeito, único que está foragido, é Weber de Sousa Barreto, que ajudou Cristian a matar as duas.

Namorado de Lorraine, amiga das vítimas, Éder teria ameaçado Claudia e Regina por telefone de dentro do presídio e mandado seu irmão, Cristian, matá-las. (Foto: João Garrigó)
Namorado de Lorraine, amiga das vítimas, Éder teria ameaçado Claudia e Regina por telefone de dentro do presídio e mandado seu irmão, Cristian, matá-las. (Foto: João Garrigó)

Versões dos suspeitos - Éder, conhecido como Corumbá e que se diz profissional de design, estava preso por tráfico de drogas e não assume romance com Lorraine, mas confessa conhecê-la. Ele diz que não conhece as vítimas e que não mandou matar as duas. Lorraine diz que “só ficou” com Éder e que não tinha mais contato com ele quando as mulheres foram assassinadas. “Não sou namorada dele, ele tem muitas namoradas”, disse Lorraine sobre Éder.

Conforme as investigações, Lorraine estava brigada com Regina, mas não com Claudia, embora ela também ter colaborado com a denúncia sobre Éder. A polícia tem imagens de Claudia e Lorraine lanchando em uma padaria da Capital na noite do crime, e a suspeita é de que o passeio fazia parte da preparação para o assassinato que aconteceria mais tarde. Lorraine afirma que mal conhecia Regina, mas que era amiga de Claudia há oito anos.

Em depoimento à polícia, Cristian, irmão de Éder confirmou o assassinato e a versão das investigações, no entanto, agora, ele coloca a responsabilidade maior pelo crime nas costas de Weber, que está foragido. “Meu irmão não tem nada a ver com isso. Tudo foi o Weber”, diz ele, entrando em contradição quando afirma que ajudou a matar, negando dizer o motivo de sua participação.

Cristian, irmão de Éder confirmou o assassinato e a versão das investigações.
Cristian, irmão de Éder confirmou o assassinato e a versão das investigações.

As vítimas - As investigações apontam que Claudia não tinha ligação com Éder, mas que Weber era amigo dela. Regina, por sua vez, costumava auxiliar advogados como estagiária em Direito, mas que também já chegou a atuar como informante da polícia. A ligação dela com o PCC não foi confirmada, mas as duas mulheres tinham passagem pela polícia.

Conhecidos de Regina disseram que Lorraine estava fazendo ameaças contra ela. Uma versão que está sendo apurada ainda pela polícia, é de que Regina, por causa das ameaças, teria até comentado que estava planejando colocar drogas na casa de Lorraine e chamar a polícia, para assim, tirá-la de circulação.

Cristian e Weber moram na região onde aconteceu o crime, no bairro Tijuca, enquanto que Lorraine mora no Jockey Clube, mas sempre visitava a amiga Claudia.

Os depoimentos também confirmam a informação de que Regina e Claudia eram prostitutas. Foram ouvidos no inquérito advogados que conheciam Regina, alguns amantes de Claudia e também uma ex namorada de Regina, além de amigos e familiares.

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