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Cidades

Após 25 dias de detenção, policiais presos por extorsão são soltos pela Justiça

Bruno Chaves | 30/12/2013 18:26
Advogado vai pedir trancamento da ação penal por crime não ter provas (Foto: Pedro Peralta)
Advogado vai pedir trancamento da ação penal por crime não ter provas (Foto: Pedro Peralta)

Acusados de extorquirem a família de um preso em Ponta Porã, a 323 quilômetros da Capital, os policiais civis Alexander Marques Cabral, 36 anos, e Reginaldo Antunes Mendonça, 34, foram soltos pela Justiça após 25 dias de prisão.

O escrivão Alexander e o investigador Reginaldo foram presos no dia 5 de dezembro enquanto o primeiro deles aguardava as vítimas efetuarem o saque de R$ 10 mil em uma agência bancária do município.

O alvará de soltura de Alexander foi expedido pelo desembargador Carlos Eduardo Contar no dia 19 de dezembro. Já o documento que determina a liberdade de Reginaldo foi assinado pelo juiz Ricardo da Mata Reis no dia 29 do mesmo mês.

Eles foram colocados em liberdade na tarde desta segunda-feira (30) depois que o advogado de defesa, Marcos Ivan, foi à 3ª Delegacia de Polícia cumprir os alvarás. “A defesa trabalha com a afirmação de que o flagrante no banco foi forjado e preparado”, disse o advogado.

Marcos Ivan lembrou que os policiais aguardarão o processo em liberdade. “Eles preenchem os requisitos, têm residência fixa, são casados... Deve ser respeitado o direito de sociedade da polícia”, afirmou o advogado.

“Vamos entrar com Habeas Corpus pedindo o trancamento da ação penal por falta de tipicidade de conduta”, disse lembrando que o crime de concussão, do qual os dois policiais são acusados, não pode ser comprovado.

O Caso – O escrivão Alexander o investigador Reginaldo, ambos lotados na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Ponta Porã, foram presos pela Corregedoria Geral de Mato Grosso do Sul por "pedirem" R$ 10 mil à família de um preso. Em troca do dinheiro, eles protegeriam um acusado de tráfico de drogas.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, os dois policiais são acusado de concussão, crime que significa “exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida”, conforme o artigo 316 do Código Penal.

Os policiais foram presos no momento em que o escrivão aguardava as vítimas efetuarem o saque de R$ 10 mil em uma agência bancária do município. O investigador estava de plantão no dia dos fatos.

Reginaldo teria pego uma viatura descaracterizada da delegacia, uma Renault Logan, e recebeu as vítimas na rodoviária. De lá, ele as levou até Alexander, que utilizou o próprio carro para levá-las ao banco.

Eles foram a uma agência da Caixa Econômica Federal, onde não conseguiram fazer o saque, e seguiram para uma agência do Banco do Brasil, onde ocorreram as prisões. A Corregedoria continua fazendo diligências para esclarecer os fatos.

Depois de serem autuados em flagrante, Alexander e Reginaldo foram trazidos para Campo Grande, onde permanecem à disposição da Justiça em uma das celas da 3ª Delegacia de Polícia Civil no bairro Carandá Bosque.

Ambos foram soltos hoje e já retornaram para Ponta Porã.

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