Bebê que teve intestino rompido melhora e já pode se alimentar
Polícia investiga denúncia de espancamento e destino de menina, quando ela tiver alta, está nas mãos da Justiça
A bebê, de 2 anos, que foi internada na semana retrasada com traumatismo craniano e rompimento do intestino está bem melhor, conforme a assessoria de imprensa do Hospital Universitário de Campo Grande. A suspeita é que a criança tenha sito espancada e a Polícia Civil de Coxim, cidade onde ela vive com a família, investiga o caso.
Assim que tiver previsão de alta, ainda conforme a assessoria do hospital, a Justiça será acionada para decidir qual será o destino da criança, se ficará sob os cuidados de algum familiar ou será levada para algum abrigo.
A menina ainda recebe cuidados no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e teria condições de ser levada para uma enfermaria nesta quarta-feira (24), mas a equipe médica prefere mantê-la por enquanto sob vigilância 24 horas. Segundo a assessoria, nenhum familiar tem condição de acompanhá-la dia e noite em uma enfermaria.
A bebê estava se alimentando até sexta-feira (20) por sonda, depois de passar cinco dias apenas no soro e se recuperando de uma cirurgia no intestino. A menina já pode agora ingerir alguns alimentos.
A criança deu entrada no HU numa segunda-feira, 16 deste mês, depois de passar pelo Hospital Regional de Coxim e pela Santa Casa de Campo Grande. Foi a primeira equipe média que levantou a suspeita de que a menina teria sido agredida.
Investigação – As agressões teriam ocorrido no Dia das Crianças. A avó materna da criança e uma tia acusam a mãe, uma adolescente de 16 anos, de ter violentado a filha, que também fez acusações contra a própria mãe.
De acordo com a delegada responsável pelo inquérito, Sandra Regina Simão de Brito Araújo, todos os familiares e pessoas que tiveram contato com a criança já foram ouvidos. “Eles trocam acusações”.
A titular da DAM (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher) agora aguarda o resultado do exame de corpo de delito e também todos os prontuários médicos da criança para concluir a investigação. “Como ninguém confessa, os exames são primordiais para a gente entender como essa criança chegou a este estado de saúde tão grave”.
Justiça – Sandra Regina confirma que quando tiver alta, a Justiça é que decidirá o destino da menina. Segundo a delegada, o Conselho Tutelar e a Promotoria da Infância e da Juventude também acompanham o caso.
A bebê vive em um contexto com histórico de violência familiar.