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Cidades

Bombeiros investigados garantem estar na 'legalidade'

Redação | 17/06/2009 17:05

Os dois bombeiros alvos de inquérito militar, investigação da Polícia Civil e do MPE (Ministério Público Estadual), negam qualquer irregularidade sobre a relação comercial com um bar e de uma boate em Campo Grande. Ambos garantem agir dentro da 'legalidade'.

Apontado como proprietário do Tango Danceteria Bar, o tenente-coronel Leonardo Varanda Coimbra alega que não tem nenhuma participação no estabelecimento, que pertence à sua família. Já o sócio do Miça Bar, coronel Carlos José Roledo, diz que está incluído em uma exceção do Código Penal Militar.

O inquérito instaurado pelo MPE ontem denuncia o coronel Carlos Roledo por ser um dos sócios do Miça Bar, situado na avenida Afonso Pena, no bairro Jardim dos Estados. Mas, ele lega que, de acordo com o artigo 204 do código militar, o oficial da ativa fica proibido de comerciar ou 'tomar parte na administração ou gerência de sociedade comercial, ou dela ser sócio ou participar'. Mas, contém uma exceção que prevê que o oficial participe como acionista ou cotista em sociedade anônima, ou em cotas 'de responsabilidade limitada'.

Segundo o coronel Roledo, é exatamente essa a condição na qual ele é sócio do Miça, que ele alega se tratar de uma sociedade limitada. "Eu entendo que me encaixo nessa exceção e estou dentro da legalidade", diz.

Roledo ressalta, ainda, que em 2004 foi para a reserva. Mas, por uma convocação feita no final de 2006 voltou para a ativa, cedido á Secretaria de Segurança Pública. Mesmo assim, não teve receio de levar adiante os planos de ser um dos sócios do bar, por acreditar que isso não vai contra a legislação militar.

Ele diz que os outros sócios são seus filhos, que estão na ativa do Corpo de Bombeiros. Para o coronel, a legislação também não os proíbe de tocar o negócio, porque veta apenas a administração de comércio por oficiais, não se refere a praças.

Em nome de terceiros - No caso do tenente-coronel Leonardo Varanda Coimbra, apontado pela Polícia Civil como proprietário da Tango Danceteria Bar, a alegação é que o local não está em seu nome. "Não existe nenhum documento dizendo que a casa é dele", garante a advogada Anna Cláudia Carvalho.

No entanto, o inquérito instaurado pela Polícia Civil aponta o coronel como proprietário do estabelecimento. O caso veio à tona depois que vizinhos denunciaram o barulho no local. De acordo com a Decat (Delegacia Especializada em Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), ao tentat localizar os proprietários, a Polícia chegou ao nome de Leonardo. A danceteria não possui sequer licença ambiental para funcionar,denuncia a Decat.

Apesar disso, a defesa garante que o local possui todos os alvarás de funcionamento, inclusive a licença ambiental com validade até 2012, e pertence ao pai do coronel, Abdias Ferreira Coimbra, e à sua esposa, Anabel Coimbra.

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