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Cidades

Calor de 40,2º C da Capital bate o de Cuiabá e frente fria só alivia na 2ª

Lidiane Kober e Alan Diógenes | 15/10/2014 16:41
Para se refrescar, casal opta em tomar água de coco na beira de lago (Foto Marcelo Calazans)
Para se refrescar, casal opta em tomar água de coco na beira de lago (Foto Marcelo Calazans)

Depois de bater recorde de 13 anos, a onda de calor que paira em Mato Grosso do Sul superou outra marca. Nesta quarta-feira (15), Campo Grande registrou temperatura mais alta do que a vizinha Cuiabá, conhecida como a Capital mais quente do País. Para piorar a situação, há previsão de novos recordes nos próximos dias e só, na segunda-feira (20), chuva poderá aliviar a sensação de “forno”.

Segundo a meteorologista Cátia Braga, do Cemtec-MS (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos), às 15h de hoje, os termômetros batiam 40,2 graus em Campo Grande contra 39,3, em Cuiabá. A sensação térmica na Capital sul-mato-grossense, conforme o meteorologista Natálio Abrão Filho, do Centro Meteorológico da Uniderp/Anhanguera, é de 45,5º C.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) também indica mais calor em Campo Grande (40º C) do que em Cuiabá (39 graus). O instituto prevê ainda que os termômetros devem subir mais nos próximos dias. Amanhã, por exemplo, há chances de o calor chegar a 41 graus e, na sexta-feira, a 42. No Estado, a máxima, de 44 graus, deverá ser registrada na sexta-feira (10).

Hoje, segundo Natálio, a temperatura mais alta foi observada em Coxim e Rio Verde. Nos dois municípios, os termômetros marcaram 43 graus e umidade relativa do ar de 12%. “A sensação térmica no asfalto é de 48 graus”, detalhou o meteorologista.

Ainda de acordo com os especialistas, a situação começa a mudar a partir do domingo (19), mas a chuva só deverá chegar à Capital na segunda-feira. “Há possibilidade de chuva no domingo na região sul e, na segunda, a tendência é de se espalhar pelo Estado e chegar à Capital”, informou Cátia.

Lucro – Enquanto a maioria reclama da sensação de “forno”, uns lucram com a onda de calor. Há dois anos comercializando água mineral em semáforo de Campo Grande, a vendedora ambulante, Nilza Ibarra, de 40 anos, nunca ganhou tanto.

“Em média, vendia 30 garrafas por dia, hoje sai pelo menos 50”, comemorou. Ela ainda ganha elogios na hora do serviço. “Diante do calorão, os clientes dizem que caí do céu”, contou. Vendedor de água de coco, Fábio Mendonça Veiga, 40 anos, também viu as vendas subirem 66,6%. “Antes, saíam 30 cocos por dia, agora, são 50”, revelou.

Para refrescar um pouco, Valdinei Freitas, de 38 anos, virou cliente de água de coco. Ele levou sua namorada na banca de Fábio, no Lago do Amor. “O calor está de mais, superando todos os anos. Estou sentindo inveja até das capivaras que se refrescam no lago”, brincou.

Enquanto a maioria reclama, Nilza vem lucrando na venda de água mineral  (Foto: Marcelo Calazans)
Enquanto a maioria reclama, Nilza vem lucrando na venda de água mineral (Foto: Marcelo Calazans)
Em vez de vender 30 cocos, Fábio está comercializando 50 por dia (Foto: Marcelo Calazans)
Em vez de vender 30 cocos, Fábio está comercializando 50 por dia (Foto: Marcelo Calazans)
Termômetro marca 37º C no Centro de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
Termômetro marca 37º C no Centro de Campo Grande (Foto: Marcos Ermínio)
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