Campanha coleta assinaturas pedindo anulação lei de reforma trabalhista

Numa corrida contra o tempo, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) tenta anular a Lei da Reforma Trabalhista, prevista para ser implementada no dia 11 de novembro. A entidade busca coletar 1,3 milhão de assinaturas em todo o País para enviar ao Congresso Nacional um Projeto de Lei de Iniciativa Popular contrário à reforma. Apenas em Mato Grosso do Sul, já foram recolhidas 5,6 mil assinaturas.
Em Campo Grande, a coleta de assinaturas está concentrada no canteiro central da Avenida Afonso Pena, no cruzamento com a Rua 14 de Julho. A ação é realizada das 14h às 18h, segundo informou o presidente da CUT-MS, Genilson Duarte. “Vamos conseguir esse número”, acredita.
A confiança de Duarte se baseia na intensificação das ações nos próximos dias pelos 136 sindicatos de trabalhadores de Mato Grosso do Sul. A campanha de coleta de assinaturas teve início há 20 dias e continuará até o dia 10 de janeiro. No dia 8, será feito balanço prévio para verificar a quantidade de adesões. No dia 10, véspera da implementação da lei, haverá grande ato dos trabalhadores em todo o País, de acordo com Duarte.
Para o líder sindical, a reforma trabalhista provocará grande impacto – ainda não notado pela maioria das pessoas – nas relações de trabalho. Ele acrescenta que as mudanças afeterão negativamente a vida dos trabalhadores. “O pagamento, por exemplo, será por hora trabalhada, não havendo valor mínimo a ser recebido pelo trabalhador. Isso acaba com a garantia hoje dada pelo piso salarial”, argumenta.
Para divulgar a campanha, a CUT lançou um site (clique aqui) que explica o passo a passo de como enviar os formulários com as assinaturas. Qualquer pessoa, entidade, movimento ou sindicato pode criar um comitê e coletar assinaturas.