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Capital

"Achei que ia morrer", diz vigia amarrado e amordaçado durante roubo

Viviane Oliveira | 12/01/2016 11:31
Vítima estava no container, quando foi surpreendido pelo assaltante. (Foto: Marcos Ermínio)
Vítima estava no container, quando foi surpreendido pelo assaltante. (Foto: Marcos Ermínio)

“Antes de fugir com o carro, ele perguntou se eu queria morrer atropelado ou com tiro na cabeça”. A frase é do vigia, de 36 anos, que foi rendido por um ladrão enquanto cuidava de um prédio vazio, na Avenida Gury Marques, ao lado de uma universidade, em Campo Grande. O crime aconteceu por volta das 22h30 de ontem (11). A vítima foi obrigada a dirigir até um bairro da cidade, depois foi amarrada e amordaçada.

O vigia contou que estava na guarita, quando foi surpreendido pelo ladrão que chegou sozinho e a pé. “Ele apontou o revólver e pediu a minha arma. Falei que não trabalhava armado, foi quando pediu a chave do meu veículo Fiat Uno, que estava estacionado em frente ao barracão”, diz.

A vítima, então, foi obrigada a entrar no veículo e dirigir até o Bairro Pioneiras. “Enquanto isso, ele ficava com arma apontada para minha cabeça. Pensei que ia morrer”, conta ainda assustado com a situação. Segundo ele, apesar disso o bandido, que aparenta ter entre 25 e 30 anos, estava calmo e parecia ser experiente no ramo do crime.

Quando chegou em uma rua escura, o vigilante foi obrigado a descer e deitar no chão. Ele foi amarrado com um corda e amordaçado com uma fralda de pano do filho. Os dois objetos estavam no veículo do vigia. Antes de fugir, o bandido perguntou de que forma a vítima queria morrer. “A única coisa que se passava pela minha cabeça, era de que iria morrer a qualquer momento. Ele falava, qualquer gracinha eu te mato”.

Após ameaças, o ladrão fugiu levando o carro, cartões de banco, folha de cheque, chaves, controle de portão e vários objetos. “Depois de um tempo, consegui me soltar e pedir ajuda”. O trabalhador conta que está no ramo há 17 anos e nunca tinha passado por situação semelhante.

O local é vigiado 24 horas por dia e os vigilantes trabalham 12 por 36.“Eu trabalho à noite e vou pedir para a empresa me mudar de turno, se não conseguir vou pedir as contas e procurar emprego em outra área”, lamenta. O carro dele, de placas HSY 7610, ainda não foi localizado pela polícia.

Conforme dados disponíveis no site da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, do dia 1º de janeiro até ontem (11), já foram registrados 208 casos de roubos, somente na Capital.

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