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Capital

"Até votar perdeu o sentido", diz mãe de Kauan no maior local de votação

Adriano Fernandes e Anahi Gurgel | 07/10/2018 09:42
Janete com a pequena Alana nos braços, durante a votação. (Foto: Paulo Francis)
Janete com a pequena Alana nos braços, durante a votação. (Foto: Paulo Francis)

Mesmo que indiretamente, a maioria dos eleitores que vão aos pontos de votação tem um sentimento em comum. Tentam expressar no voto, uma expectativa de mudança. A esperança de renovação politica. Hoje (07), no entanto, em meio aos campo-grandenses no maior local de votação em Campo Grande, a Escola Municipal Padre Tomaz Ghirardelli, uma eleitora expressava no olhar o desânimo de quem, após uma tragédia e uma dor sem tamanho, conta que até votar perdeu o sentido. Pela escola devem passar cerca de 8 mil eleitores, neste domingo. 

“Depois do que aconteceu não tenho ânimo para nada. Inclusive votar”, comenta a dona de casa Janete dos Santos Andrade, mãe do menino Kauan Andrade Soares dos Santos, o menino de 9 anos que em junho do ano passado foi esquartejado antes de o corpo ser desovado no rio Anhanduí, em Campo Grande.

Com a filha Alana, no colo, a dona de casa ressaltou que foi “votar por obrigação”. Sequer sabia quais seriam as seis opções que ia votar e, apesar de “ter uma filha para cuidar, nunca deixei de sentir a dor da perda do meu filho”, disse.

Caso - Cuidador "mirim" de carros, Kauãn desapareceu no dia 25 de junho do ano passado e foi morto com requintes de crueldade, numa dos crimes que mais comoveu a Capital. Quatro adolescentes, com idades entre 14 e 16 anos, afirmam que foram obrigados a praticar necrofilia (sexo com cadáver) do menino e testemunharam o professor Deivid Almeida Lopes, 38 anos, esquartejar o corpo do menino.

Os restos mortais do garoto foram lançados no rio, as buscas motivaram bombeiros e policiais por dias, mas nada foi encontrado. Deivid foi preso em 21 de julho, e foi condenado a 66 anos e 2 meses de prisão.

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