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Capital

Adolescentes mudaram versões, diz advogado de réu por estupro e morte de Kauan

Segunda audiência do caso é realizada na tarde desta terça-feira (30) no Fórum da Capital

Guilherme Henri e Geisy Garnes | 30/01/2018 14:17
Advogado Alexandre Faria em audiência nesta tarde (Foto: Saul Schramm)
Advogado Alexandre Faria em audiência nesta tarde (Foto: Saul Schramm)

Dois dos quatro adolescentes que teriam participado da barbárie contra Kauan Andrade Soares dos Santos, 9 anos, mudaram as versões perante juízo. A informação é da defesa de Deivid Almeida Lopes, principal suspeito de estuprar até a morte e depois esquartejar o menino.

Conforme o advogado Alexandre Faria, os dois adolescentes que foram ouvidos na primeira audiência do caso – realizada no dia 13 de dezembro de 2017 – teriam dito que foram forçados pela polícia a contar, que mantiveram relações sexuais com o corpo de Kauan e ainda forçados a assistir o esquartejamento dele.

“Um dos meninos ainda disse que nem esteve na casa do meu cliente no dia”, afirma o defensor. Entretanto, um deles, que foi ouvido no mesmo dia que os colegas manteve a versão.

Nesta terça-feira (30) a Justiça ouve mais três testemunhas de defesa e três de acusação sobre o caso. Entre as de acusação estão três vítimas sendo uma delas o último adolescente que teria participado da cena de horror contra Kauan descrita inicialmente pela polícia.

Como as testemunhas são menores de idade, a imprensa não foi autorizada a acompanhar os depoimentos, que serão colhidos por meio de videoconferência. “A audiência de hoje é fundamental para sabermos se este menino manterá ou não a versão”, acredita o advogado.
Com os depoimentos de hoje, a Justiça soma o total de 12 vítimas de Devid ouvidas em juízo.

Barbárie - Conforme relato de quatro adolescentes, com idades entre 14 de 16 anos, principais testemunhas do crime, o menino foi violentado, antes e depois da morte, e esquartejado por Deivid no dia 25 de junho do ano passado.

Os garotos, que revelaram também serem estuprados com frequência pelo professor e que recebiam valores entre R$ 5 e R$ 15 para praticarem sexo com o acusado.

Os adolescentes contaram ainda à polícia que foram obrigados a praticar necrofilia (sexo com cadáver) e testemunharam o indiciado esquartejar o corpo de Kauan. Os restos mortais do menino teriam sido espalhados pelo rio Anhanduí. “Por isso, a possibilidade de encontrar alguma coisa é remota”, chegou a dizer o delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio Lauretto.

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