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Capital

“Se eu pudesse voltar atrás, não tinha feito isso", diz réu por matar mecânico

Vítima também foi queimada e amarrada em um colchão, antes de ser jogada em uma fossa; crime só foi descoberto meses depois

Liniker Ribeiro e Bruna Pasche | 05/11/2018 10:22
Elizandro, réu por morte de mecânico (Foto: Henrique Kawaminami)
Elizandro, réu por morte de mecânico (Foto: Henrique Kawaminami)

Elizandro Aparecido Fonseca, de 37 anos, suspeito de matar a pauladas, queimar e enterrar o corpo do mecânico Edson Martins da Rosa, de 52 anos, em uma fossa, afirmou diante do júri estar arrependido pelo crime. “Se eu pudesse voltar atrás, não tinha feito isso. Sou trabalhador e não queria que isso tivesse acontecido”, relatou durante audiência na manhã desta segunda-feira (5).

O réu também revelou detalhes do crime cometido em agosto de 2016, mas que o corpo só foi encontrado pela polícia, seis meses depois. Elizando era inquilino da vítima há seis meses, morando na Rua Astúrio Luiz Braga, no Portal Caiobá II, mas ambos se conheciam há aproximadamente oito anos.

Segundo o autor, os dois já haviam brigado em ao menos duas ocasiões anteriores ao crime. A primeira delas teria sido após a vítima agredir a esposa do suspeito, enquanto a segunda foi motivada por um desentendimento de bar.

Apesar das ocorrências, o réu garante não ter agredido o mecânico em nenhuma das situações. Já no dia do crime, ocorrido por volta das 18h30, a vítima foi convidada pelo autor para tomar bebidas alcoólicas em companhia dele e de sua esposa. Segundo o suspeito, ele começou a ser ameaçado por Edson com uma faca e, por medo, teria dado uma paulada na testa dele.

Morto, o mecânico ainda foi arrastado, amarrado em um cobertor e jogado em uma fossa nos fundos da casa. “Fiz isso porque estava com medo de alguém descobrir. Eu nunca tinha feito isso”, argumentou. Após o crime, o casal ainda continuou morando no local por aproximadamente três meses, tendo se mudado para outra casa do bairro.

O corpo da vítima só foi localizado após um homem, ainda não identificado, encontrar sua filha em um terminal de ônibus e dizer para que ela “procura-se por seu pai nos fundos de sua casa”. A polícia então foi acionada e uma escavação no local teve início.

Elizandro chegou a ser indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, mas a defesa, Rodrigo Antônio Stothieiro, conseguiu tirar as qualificações e ele agora responde por homicídio simples e ocultação.

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