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Capital

Vacina não é só “coisa de criança” e jovens precisam cumprir calendário

Aliny Mary Dias | 23/01/2014 13:12
Entre jovens, a maioria não se preocupa com as vacinas, mas há exceções (Foto: Cleber Gellio)
Entre jovens, a maioria não se preocupa com as vacinas, mas há exceções (Foto: Cleber Gellio)

Seguir à risca o calendário de vacinação e ter a preocupação de se imunizar contra doenças graves é uma situação frequente na vida das mães, que muitas vezes levam a carteira de vacinação das crianças até na própria bolsa. Mas é quando os pequenos crescem e se tornam adolescentes ou adultos independentes que surgem os problemas. Muitos se esquecem de colocar as vacinas em dia e isso pode trazer problemas sérios para a saúde.

Com a nova resolução do Ministério da Saúde, a partir desse ano, vacinas contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) serão disponibilizadas para meninas entre 11 e 13 anos. O cronograma segue nos próximos três anos e em 2016 a expectativa é que as meninas a partir dos 9 anos se imunizem.

No entanto, conforme a gerência técnica de imunização da SES (Secretaria de Estado de Saúde), o Ministério da Saúde estipula três calendários diferentes para as diferentes fases da vida. O problema é que muitos se esquecem de colocar as vacinas em dia.

Uma das integrantes da coordenadoria de imunização, Kátia Mougenot, explica que o estereótipo criado por muitos em torno da vacina acaba agravando o problema. “Muitas pessoas acham que a vacina é só para crianças, mas também existem os cronogramas para a vida adolescente e adulta”, diz.

O Ministério da Saúde considera a fase adolescente as pessoas que têm entre 11 e 19 anos. Nessa fase, as vacinas obrigatórias são Hepatite B, Dupla Adulta contra difteria e tétano, Febre Amarela e a Tríplice Viral contra sarampo, caxumba e rubéola.

Apesar de estar no calendário adolescente, a técnica do setor de imunização lembra que os adultos também podem tomar as vacinas. “Se a pessoa não lembra se tomou quando criança ou então se perdeu a carteirinha, as vacinas podem ser tomadas normalmente e a pessoa tem certeza que está prevenida”, completa Kátia.

Sem preocupação – O estudante Arthur Eduardo, 18 anos, conta que não faz ideia de onde está a carteira de vacinação dele, mas acredita que esteja tudo em dia em relação às vacinas.

“Meus pais trabalham na área da saúde, então confio que eles tenham feito tudo certinho quando eu era criança. Pra falar a verdade, hoje eu não me preocupo e nem sei onde está minha carteira”, explica.

A situação de Hércules de Campos, 20, é parecida com a de Arthur. Ele confessa nunca ter se preocupado muito com as vacinações. Mas ano passado precisou colocar tudo em dia em razão de um emprego.

“Na empresa que eu entrei tinha que estar tudo atualizado. Eu levei minha carteira até o posto e estava tudo certo, mas tenho certeza que muita gente esquece”, diz.

Já o caso de Jurandir Júnior, de 21 anos, é diferente, ele sempre se preocupou com as vacinas e até foi parabenizado em uma unidade de saúde. “Recentemente eu precisei ir até o posto e levei a carteirinha, a enfermeira até me deu parabéns por estar tudo em dia”, completa.

HPV – Sobre a novidade de disponibilizar as imunizações contra o HPV na rede pública, a secretária de Saúde do Estado afirma que uma reunião entre as coordenadorias municipais deverá ser realizada na primeira quinzena de fevereiro.

A expectativa é que 67,4 mil meninas sejam imunizadas a partir de março deste ano. Ao Estado, serão enviadas 141,5 mil doses ao longo de 2014. Será utilizada a vacina quadrivalente, que confere proteção contra quatro subtipos (6, 11, 16 e 18) da doença.

Os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero em todo mundo.

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