Acusado de matar rapaz espancado é absolvido 14 anos após o crime
Gilberto Ferreira da Silva chegou a ser julgado em 2021, mas MP recorreu da sentença que o inocentava

Sendo julgado pela segunda vez por envolvimento no assassinato de um jovem por espancamento, Gilberto Ferreira da Silva, o “Betão”, acabou sendo absolvido pelo Conselho de Sentença nesta sexta-feira (17). Aristides Cavalheiro Lopes foi morto no dia 12 de maio de 2011, e o acusado chegou a ser inocentado do crime em 2021, mas o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) recorreu da decisão, e o júri foi anulado.
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Após 14 anos, Gilberto Ferreira da Silva foi absolvido pela segunda vez do assassinato de Aristides Cavalheiro Lopes, ocorrido em maio de 2011. O caso, julgado na 2ª Vara do Tribunal do Júri, teve a primeira absolvição anulada após recurso do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. O crime aconteceu no Jardim Noroeste, em Campo Grande, onde a vítima foi espancada até a morte por oito pessoas devido a uma disputa envolvendo uma motocicleta furtada. O corpo foi ocultado em um aterro sanitário e só foi localizado após a prisão dos suspeitos. Os demais acusados foram impronunciados.
Nesta sexta-feira, ele, que estava solto, passou novamente por sessão de julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Na ocasião, o promotor de Justiça Bolívar Luís da Costa Vieira requereu a condenação de Gilberto por homicídio com a qualificadora da asfixia, afastando o motivo torpe e o recurso que dificultou a defesa da vítima, que constavam na denúncia do MP.
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Já o defensor público Rodrigo Antonio Stochiero Silva sustentou as teses da absolvição por negativa de autoria e clemência, o afastamento das qualificadoras e o reconhecimento da atenuante inominada, por conta de o réu ser cadeirante.
Por maioria de votos, o Conselho de Sentença decidiu novamente absolver Gilberto por falta de provas. A sentença é assinada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos.
1º julgamento – A primeira vez que Gilberto sentou no banco dos réus foi em 5 de março de 2021. Na ocasião, ele havia sido denunciado por homicídio qualificado, e o defensor público Gustavo Henrique Pinheiro da Silva sustentou as teses de negativa de autoria, absolvição por clemência e exclusão das qualificadoras. O júri decidiu absolver o acusado, que foi solto.
Em setembro daquele ano, a 2ª Câmara Criminal decidiu anular o julgamento após o MP, “inconformado com a sentença”, pedir um novo júri para Gilberto. Os outros acusados de envolvimento no caso foram impronunciados.
Crime – Segundo o MPMS, Aristides foi espancado até a morte na noite de 12 de maio de 2011, na Rua Perdizes, Bairro Jardim Noroeste, por oito pessoas. Todos foram denunciados. A vítima foi atingida por socos e chutes por conta da venda de uma moto furtada que o rapaz não teria entregue a um dos suspeitos.
O grupo ainda tentou ocultar o cadáver no aterro sanitário do bairro. O corpo da vítima não havia sido encontrado até a prisão dos suspeitos.
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