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Capital

Acusado de morte na briga entre famílias, rapaz diz que só se defendeu

Caroline Maldonado | 02/10/2015 10:06
Breno chega para ser julgado no júri popular desta sexta-feira (Foto: Fernando Antunes)
Breno chega para ser julgado no júri popular desta sexta-feira (Foto: Fernando Antunes)
Família de Rogério fez manifestação pedindo a condenação de Breno (Foto: Fernando Antunes)
Família de Rogério fez manifestação pedindo a condenação de Breno (Foto: Fernando Antunes)

Acusado de matar um homem há dois anos, o autônomo Breno Félix da Cruz, 23 anos, que estava foragido, disse que não se apresentou antes porque estava fazendo tratamento dentário em função de um tiro que levou antes do assassinato. O crime ocorreu no dia 4 de agosto de 2013, em um campo de futebol, na Avenida Tamandaré, em Campo Grande.

O acusado é julgado nesta manhã pela 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Sete pessoas compõem o júri popular. O crime é parte de uma briga antiga entre as famílias de Breno e da vítima, Rogério dos Santos, conhecido como Jabá, que tinha 30 anos.

Em 2006, o irmão de Rogério foi morto pelo irmão de Breno. Em janeiro de 2013, Breno sofreu uma tentativa de homicídio, em que levou tiro no rosto, na região da boca. Ele conta que, desde então passou a andar armado por medo de um novo atentado. Breno disse à polícia que foi baleado por Rogério. A tentativa de assassinato teria sido uma vingança, já que o irmão de Breno havia matado o irmão de Rogério.

Em agosto do mesmo ano, mais uma vez os dois se encontraram e houve o terceiro crime envolvendo as famílias Cruz e Santos. Rogério cumpriu pena no regime semi-aberto, justamente por ter assassinato o irmão de Breno. Ele estava há 7 dias em casa, graça a benefício por bom comportamento, quando foi morto.

Breno é acusado de matar a vítima durante um campeonato de futebol. Para o Ministério Público, ele cometeu um homicídio duplamente qualificado, pois o motivo foi torpe e houve recurso que dificultou a defesa da vítima. Isto, porque depois de levar um tiro nas costas, Rogério ainda foi baleado mais duas vezes na cabeça, quando já estava caído.

O advogado de defesa, no entanto, pede a absolvição do rapaz, alegando que o crime ocorreu em legítima defesa. Ao Campo Grande News, Breno disse que apenas se defendeu porque foi provocado pela vítima que ameaçou estar armada. “Sou inocente e vou mostrar isso à Justiça, que eu agi em legítima defesa”, disse. Breno alega que estava com o filho no colo após jogar futebol e foi perseguido pela vítima no momento em que ia embora. Por medo de ser alvo de tiro mais uma vez, ele deixou a criança no chão, sacou a arma e matou Rogério.

Advogado Marcos Ivan diz que cliente só se defendeu (Foto; Fernando Antunes)
Advogado Marcos Ivan diz que cliente só se defendeu (Foto; Fernando Antunes)

O advogado do acusado, Marcos Ivan, reforçou que a vítima era um homem perigoso já com passagens pela polícia e o cliente não teve outra opção se não se defender de Rogério. “Ele não tinha o que fazer e se defendeu, por isso vou pedir a absolvição, porque a denúncia foi exacerbada”, argumentou o advogado.

Protestos - O caso já gerou duas manifestações da família de Rogério. A mãe dele, Maria Eunice dos Santos reuniu parentes e amigos no cruzamento da Rua 14 de Julho com a Afonso Pena para pedir justiça, em 2013. No início do juri, que ocorre nesta manhã, apenas familiares do acusado estavam presentes.

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