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Capital

Advogado de MS condenado por homicídio é preso no Nordeste

Marcos Ivan estava foragido desde 2015, quando teve mandado de prisão expedido em seu novo. Em Sergipe, ele usava o nome de Marcus Gilvan

Geisy Garnes | 25/01/2018 17:09
Marcos Ivan na defesa de Francimar Câmara, em 2015 (Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)
Marcos Ivan na defesa de Francimar Câmara, em 2015 (Foto: Marcos Ermínio/ Arquivo)

O advogado Marcos Ivan Silva, de 53 anos, foi preso em Aracaju, capital de Sergipe, após ser flagrado usando documentos falsos para comprar casas e carros de luxo no nordeste do país. Segundo a polícia, ele vivia no estado como Marcus Gilvan Silva desde 2015, quando foi condenado pela justiça de Mato Grosso do Sul a 14 anos de prisão por homicídio.

A prisão do advogado, conhecido por defender vários casos emblemáticos em Campo Grande, foi divulgado nesta quinta-feira (25). De acordo com nota, Marcos Ivan foi preso por policiais do Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), após denúncias de que o suspeito estaria usando documentos falsos.

As investigações sobre a falsidade ideológica do advogado começaram em novembro do ano passado. Neste período a polícia constatou que com o documento Marcos comprava móveis, carros de luxo, e trabalhava como empresário de bandas musicais. “ Aprofundamos as investigações e descobrimos que ele se chamava Marcos Ivan, e não Marcus Gilvan e que era foragido do Estado do Mato Grosso do Sul”, revelou o delegado responsável pelo caso, Hugo Leonardo.

Desde 1993 Marcos Ivan e outras quatro pessoas eram investigadas por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Em 2001, o advogado foi condenado a 14 anos de prisão pelo 2º Tribunal do Júri de Campo Grande, mas entrou com recurso que chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal).

A condenação definitiva veio em 2015 e um mandado de prisão foi expedido. "A partir da expedição do mandado de prisão em 2015, ele começou a fugir da justiça. Marcos Ivan veio a se estabelecer em Sergipe, adquiriu o documento falso aqui no estado”, explicou Leonardo. Pelo documento, o advogado teria pago R$ 8 mil.

Para confirmar a identidade de Marcos Ivan, os papiloscopistas do Instituto de Identificação e Peritos do Instituto Médico Legal de Sergipe fizeram um trabalho de comparação de digitais e também facial. O resultado dos exames foram enviados ao Cope, que abordou o advogado quando saía de um cartório no Centro Comercial de Aracaju, onde ele havia acabado de transferir a posse de um apartamento.

O delegado ressaltou que cada comercializações realizadas pelo suspeito será autuada como um crime de uso de documento falso. "Passamos a monitorar o suspeito. Ele estava em poder de um veículo modelo Fiat Toro, como teria adquirido quatro veículos de luxo aqui no estado. Então são várias penas de uso de documento falso pelo qual ele vai responder", concluiu.

Casos - O último caso em que Marcos Ivan trabalhou em Campo Grande foi a defesa de Francimar Câmara Cardoso, condenado a 14 anos por matar o professor de informática Bruno Soares Santos, 29. O crime aconteceu no dia 16 de março de 2015, na Rua Maracaju, no Centro da Capital.

O julgamento de Francimar aconteceu na mesma vara que condenou o advogado, também pelo mesmo crime.

Na época, o suspeito procurou a vítima no trabalho, simulando que conversaria sobre a instituição, quando inesperadamente saiu e voltou com uma espingarda calibre 12. Em seguida, ele entrou na sala onde Bruno estava e efetuou um disparo. Todo o crime foi filmado.

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