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Capital

Advogado diz que há indícios de que prefeito mandou matar vereador

Danúbia Burema e Jorge Almoas | 08/02/2011 14:10

Investigação cruzará dados telefônicos para descobrir mandante

Três réus do processo serão interrogados nesta tarde. (Foto: João Garrigó)
Três réus do processo serão interrogados nesta tarde. (Foto: João Garrigó)

Assistente de acusação no processo contra os três réus que respondem pela morte do vereador de Alcinópolis Carlos Antônio Costa Carneiro, o advogado Ricardo Trad afirma que há indícios razoáveis da participação do prefeito Manoel Nunes (PR) no crime.

Conforme o advogado, a Polícia investiga o prefeito e tem feito o cruzamento de ligações telefônicas para verificar se ele foi o mandante do assassinato, como acusa a família da vítima. Se isso for comprovado no curso do processo contra os autores do assassinato, ele poderá ser incluído como réu.

Ricardo Trad afirma que houve uma tentativa do Ministério Público de arrolar o prefeito como testemunhas, mas que não foi levada adiante porque o MP considerou que ele negaria a participação.

Assim, apenas os executores respondem pela morte do vereador, enquanto a possível participação do prefeito é apurada pela Polícia, conforme o advogado.

Ricardo Trad diz que trata com cautela da possibilidade de que o crime tenha sido motivado por uma questão política, mas garante que os indícios contra o prefeito existem. Contudo, não dá detalhes do que seriam esses indicativos.

Nesta tarde é realizada a segunda audiência sobre o caso. Os réus chegaram ao Fórum por volta das 14h55, onde familiares do vereador aguardavam o início dos trabalhos. Usando camisetas com a foto dele estampada, eles pedem Justiça e o pai do vereador também acusa o prefeito de ser o mandante.

Deverão ser interrogados hoje Aparecido Souza Fernandes, de 34 anos, acusado de pilotar a motocicleta usada pelo homem que atirou contra o vereador, Irineu Maciel, de 34 anos. Valdemir Vansan, de 37 anos, é apontado como o responsável pela contratação do crime de pistolagem.

Oito testemunhas de acusação e defesa também devem prestar depoimento ainda hoje na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Uma testemunha de defesa será ouvida por meio de carta precatória em Ponta Porã.

Segundo o advogado Ricardo Trad, se um dos executores confessar ser o mandante do crime terá a pena atenuada devido à confissão. De acordo com o advogado de Valdenir, acusado de ter contratado o serviço de pistolagem, ele irá fazer uma declaração durante a audiência, mas não foi dado nenhum detalhe acerca do teor do que será dito.

O prefeito foi procurado para falar sobre as acusações, mas seu celular está fora de serviço. Na Prefeitura, a informação é de que ele participou de reunião, mas não está mais no local.

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