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Capital

Afonso Pena fechada ganha elogio, mas também cobrança de sinalização

Pedestres, ciclistas e comerciantes reclamam de falta de faixa para travessia e placas com limite de velocidade.

Anahi Gurgel | 10/09/2017 14:28
Veículo freia para ciclista atravessar a Avenida do Poeta. "Falta faixa para travessia", reclamam frequentadores. (Foto: Marina Pacheco)
Veículo freia para ciclista atravessar a Avenida do Poeta. "Falta faixa para travessia", reclamam frequentadores. (Foto: Marina Pacheco)

O campo-grandense já se habituou a acordar cedo para praticar esportes e curtir a família em meio ao verde do Parque das Nações Indígenas e Parque dos Poderes. As interdições em trechos de suas largas avenidas, entretanto, vem gerando insegurança entre os frequentadores e comerciantes, que se sentem expostos à falta de sinalização no trânsito.

Essa é uma das reclamações de Raimundo Fernandes da Silva, 51, que comercializa água de coco, sucos naturais e água mineral na Avenida do Poeta, próximo à unidade do Corpo dos Bombeiros, desde 1993.

“Fechar uma das vias para as famílias é um projeto excelente, mas a sinalização ainda deficiente. Acho que deveria ter placas com limite de velocidade e faixas para travessia de pedestres, principalmente crianças”, alerta.

Ele complementa que, depois que as vias começaram a ser interditadas, o incremento nas vendas passou de 40%. “Por dia, cerca de 600 pessoas passam por aqui entre sábado e domingo. Policiamento tem bastante, as famílias gostam. Estou até investindo, com mais opções para crianças. Faltava uma ação assim em Campo Grande”, diz.

Raimundo observa a clientela em seu comércio de venda de água de coco. (Foto: Marina Pacheco)
Raimundo observa a clientela em seu comércio de venda de água de coco. (Foto: Marina Pacheco)
Gabriela e a família tomam água de coco na Avenida do Poeta todos os domingos. (Foto: Marina Pacheco)
Gabriela e a família tomam água de coco na Avenida do Poeta todos os domingos. (Foto: Marina Pacheco)

Quem leva os filhos para “gastar energia” todo final de semana é a empresária Gabriela Matar Galvão de Oliveira, 33, moradora do Bairro Cidade Jardim.

“É ótimo estar com uma pista da avenida separada para pedestres e ciclistas, mas em alguns pontos o cuidado tem que ser redobrado, porque os motoristas passam em altíssima velocidade”.

São dois projetos que 'unem forças' para oferecer espaço para prática de lazer e esporte na cidade. Um deles é desenvolvido pelo Governo do Estado desde 2016, interditando uma das pistas que vai da Avenida do Poeta aos altos da Mato Grosso. São cerca de 4,1 quilômetros de vias bloqueadas das 7h às 19h, por meio de cones de trânsito.

O Campo Grande News tentou contato com a (Fundação de Esporte e Lazer de Mato Grosso do Sul) mas até o fechamento desse texto não obteve retorno. 

A outra iniciativa é da prefeitura da Capital. Teve início em agosto deste ano, interditando a Afonso Pena entre Rua Coronel Cacildo Arantes e Avenida do Poeta, das 7h às 13h de domingo. 

"Aqui é permitida passagem somente de veículos que irão descarregar som e outros produtos para comercialização, como água de coco, sucos e alimentos, por exemplo. Entramos com os carros antes da interdição e só saímos quando a pista é liberada", conta a empresária Erika Rando, organizadora de projeto cultural aos domingos. 

Motociclista circula na Avenida do Poeta, enquanto pedestres tentam atravessar em trecho sem faixa específica.
Motociclista circula na Avenida do Poeta, enquanto pedestres tentam atravessar em trecho sem faixa específica.
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