Agentes penitenciários passam por capacitação para intervenções rápidas
Agentes penitenciários do Estado participaram neste fim de semana de um treinamento intensivo para realizar intervenções rápidas em presídios rebelados e demais situações de crise, parte do curso de Intervenção Tática Prisional e Sobrevivência Administrativa.
Ao todo, 80 agentes, incluindo profissionais de outros Estados e do Paraguai, participaram do curso. Nos últimos dois dias, a capacitação envolveu técnicas de intervenção prisional e foi realizada nas dependências do presídio masculino da Gameleira, que está em fase final de construção.
A proposta foi aplicar na prática a experiência de combates vivenciados dentro das unidades penais, no sentido de demonstrar como agir de maneira rápida e segura. Os participantes fizeram repetidas atividades em conjunto, com escudos e armas simulacros, abrangendo desde abordagem, parede humana a entrada e recuo.
"Buscamos apresentar a experiência que temos dentro de presídios de várias partes do Brasil", explica o instrutor de armamento e tiro Robson José Pereira Ribeiro, que é agente penitenciário há 18 anos em São Paulo.
Um dos focos do treinamento foi a utilização de técnicas visando a menor repressão possível, observando os aspectos da legalidade. Com carga horária de 39 horas, o curso de Intervenção Tática Prisional e Sobrevivência Administrativa foi ministrado pela empresa paulista Team Six Brazil, especialista na área de segurança.
Custeada e articulada pelos próprios alunos, a ação contou com todo o apoio logístico da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), por meio de sua Espen (Escola Penitenciária).
Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária) e PMA (Polícia Militar Ambiental) também disponibilizaram alojamentos para alguns agentes que residem fora de Campo Grande, enquanto a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul) ofereceu sala para aulas teóricas.